terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Em defesa de São Nicolau de Mira e seu verdadeiro legado

Continuando o trabalho de defender o nome e o legado de alguns santos, olharemos agora para um dos mais injustiçados da história. A injustiça feita contra este santo é tão grande que poucos já ouviram falar em seu verdadeiro nome.



Passado o dia de finados, a publicidade já começa a bater continuamente no Natal. As propagandas cada vez mais criativas ilustram um mundo perfeito a partir da aquisição de presentes para pessoas de todos os gostos. Todos estão cansados de saber que o Natal é muito mais lembrado pela maioria das pessoas como uma festa de confraternização, e não como a chegada do Messias esperado por Israel.

Neste contexto, a figura do Menino Jesus é trocada pela do Papai Noel, um velhinho sorridente e “bondoso”, com roupas vermelhas, botas e cinto preto, uma enorme barba branca e, claro, um enorme saco cheio de presentes. Nas grandes cidades não há um shopping sequer sem a presença deste personagem.

Mas como começou a história do Papai Noel afinal de contas? Conta a tradição da Igreja que um Bispo chamado Nicolau, epíscopo de Mira,- cidade que fica na atual Turquia - possuía muitos bens materiais. Mas ao mesmo tempo havia na cidade muitas pessoas pobres, que muitas vezes não tinham nem o que comer. Este grande homem, muito preocupado com seu rebanho, vendia sempre algo que era seu e comprava presentes para as criancinhas pobres. Mas como não queria dar a impressão de que usava a caridade para promover seu próprio nome, fazia tudo ás escondidas, tarde da noite.

Por ter sido tão amigo da infância, em sua festa se repartem doces e presentes às crianças, e como em alemão se chama "São Nikolaus", começaram-no a chamar "Santa Claus", sendo representado como um ancião vestido de vermelho, com uma barba muito branca, que ia de casa em casa repartindo presentes e doces às crianças. De São Nicolau escreveram muito belamente São João Crisóstomo e outros grandes Santos, mas sua biografia foi escrita pelo Arcebispo de Constantinopla, São Metodio.

As crianças abandonados, diante dos perigos do mundo, também se refugiavam sob a proteção do bondoso bispo, e por isso o chamavam de Papai Noel, existem várias traduções para o seu nome, como vimos o “Santa Claus” acima, a versão que conhecemos em português vem da expressão francesa "Joyeux Noël”, que significa “Pai Natal”.

Este santo foi umas das primeiras pessoas a se preocuparem verdadeiramente com as criancinhas e suas mães. Conta-se também que certa vez, após a subida de Constantino ao poder, alguns líderes eclesiásticos não se comportavam de acordo com o cargo que ocupavam e isto fez Nicolau se exaltar um pouco, provocando assim a suspensão de suas funções na Igreja. Mais tarde, contudo, foi provada sua inocência. Também é conhecido por converter inúmeros hereges e até por conseguir a ressurreição de várias crianças.

Veja, este é o verdadeiro Papai Noel. Quando olhamos hoje o que o mundo fez com o nome e o legado deste santo talvez até fiquemos um tanto incompreensivos, mas o fato é que São Nicolau sempre pregou e praticou a caridade, ajudava os outros por amor a Deus, e o que acontece hoje em dia faz com se retire a figura do Menino Deus do primeiro plano no Natal.

E é sempre assim; Satanás manipula uma verdade, conta uma mentira embrulhada num pacote bonito para que percamos o foco em Cristo. Contudo, sempre existirão aqueles que mostram a verdade, e cabe a nós sermos verdadeiros discípulos e levar a verdade aos outros.

E fica aqui um convite: Neste Natal procuremos dar um presente ao Menino Jesus. Vamos deixar de lado aquele velho com seu falso sorriso e lembrarmos do verdadeiro bom velhinho: um bispo bondoso que praticava a caridade e protegia os menores.

São Nicolau de Mira; rogai por nós!

João Carlos Resende


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