quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Em defesa de São Sérgio e São Baco e seus verdadeiros legados

Recentemente escrevi para este blog fazendo um desabafo particular em defesa de São
Francisco de Assis, o grande frade italiano fundador da Ordem dos Frades Menores, os franciscanos, ordem que tanto bem tem feito a Igreja Católica ao longo dos tempos. Agora quero fazer o mesmo, só que em nome de dois soldados romanos que foram elevados a glória dos altares: Sérgio e Baco. O título desta postagem não é parecido com aquela que se refere a São Francisco por falta de criatividade de minha parte. Quis propositalmente fazê-lo assim, pois é meu desejo defender o nome de alguns santos neste espaço que me é oferecido.
Mas quais são afinal as horríveis balbúrdias que fazem com estes dois santos? Grupos a favor das imoralidades homossexuais mais horrendas afirmam veementemente que estes soldados tiveram uma relação homossexual e que era aceita pela Santa Igreja na época sem causar escândalo nas pessoas. Usam essa desculpa para dizerem que Deus não é contra a união homossexual e que foi o clero da Idade Média que começou a incentivar tal condenação, e que tal condenação é preconceito contra as pessoas que escolheram tomar este rumo em suas vidas.
Caro leitor, imagino que neste momento você esteja completamente assustado, se sentindo injuriado com tão grave ofensa a dignidade destes heróis da fé católica que, por sinal, poucas vezes ouvimos seus nomes, se ouvimos, mesmo relacionados a tal imoralidade. Como dizia um monsenhor que passara por minha cidade, num paroquiato marcado por sua santidade, zelo pastoral e piedade, é necessário amarrar o dedo para que saibamos lidar com o inimigo. Então quem foram Sérgio e Baco realmente?
Muito poucos sabemos sobre suas vidas, e um dos poucos dados que há sobre eles é que eram naturais da Síria. Soldados das Legiões da Fronteira, ocupavam altos cargos no palácio de Maximino Daia († 313). Alguns de seus inimigos invejosos os acusavam de serem cristãos, o que os fez serem levados até o templo do deus Júpiter e obrigados a participarem de cultos a esse ídolo, mas sua fé em Cristo era maior que qualquer medo e eles não aceitaram cumprir tal ato. É justamente aí que aparece a causa de problemas quanto a estes célebres personagens da história da Igreja.
Como punição, foram vestidos com trajes femininos e levados as ruas, expostos a vergonha de serem obrigados a fazer tudo ao contrário do que prega a Santa Doutrina de Jesus. Como se tal ridículo não fosse suficiente, seus inimigos espalharam a partir de então que os dois mantinham um relacionamento homossexual. Após sofrerem tal vexame, o imperador, em vão, tentou fazê-los renunciar a fé cristã. Foram enviados ao prefeito do Eufrates, província da Síria, Antíoco, que os condenou a morte, no ano 297.
Submeteram Baco a uma flagelação violentíssima, que logo tirou sua vida, devido aos mais cruéis golpes que sofria. O ódio de seus inimigos era tamanho que sequer o sepultaram, mas alguns cristãos piedosos o fizeram dentro de uma caverna, com toda a dignidade que merece um glorioso mártir da Igreja.
Sérgio sofreu um pouco mais para receber a coroa da glória celeste. Após encherem as solas de seus calçados com grandes e pontiagudos pregos, o obrigaram a andar 29 km sofrendo terríveis dores físicas e morais, até o local onde seria decapitado e mais tarde enterrado. A Igreja celebra a memória litúrgica destes santos no dia 7 de outubro, mesmo dia de Nossa Senhora do Rosário, mais um motivo providencial que mostra a vida santa que tiveram, pois onde reside Nossa Senhora, lá reside também um santo.
Realmente há poucos santos que gozam de histórias mais esplendorosas que estes dois. O que realmente deixaram como maior exemplo claramente foi a sua total fidelidade e adesão a Pessoa de Cristo. Lembrar de dois mártires que sentiram na alma e no corpo as conseqüências do pecado se referindo a eles como casal homossexual é simplesmente uma calúnia sem tamanha, forjada por pessoas sem argumentos que desde sempre acharam e ainda acham que suas vontades são mais importantes e necessárias ao homem que o projeto de Deus.
Mas destes tristes episódios que assistimos ligando o nome de santos católicos aos mais graves pecados devemos tirar sempre uma lição de que se faz necessário lembrar daquilo que Cristo disse aos apóstolos vencidos pelo desgaste físico momentos antes de sua prisão no Horto das Oliveiras: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação” (cf. Lc 22, 46). Sim, sempre temos que orar e ficar atentos, pois veja como Satanás é astuto: conseguiu, na cabeça dos homens, converter a glória de dois grandes santos em caso de união homossexual, pois isso é o que o demônio consegue fazer, contar uma mentira tantas vezes que as mentes despreparadas comecem a acreditar que é verdade. Porém a Verdade provém de Deus, pois Deus é a Verdade, e embora pareça que Ele demore a nos ouvir, a Verdade sempre virá à tona, Deus nunca falha!
São Sérgio e São Baco, mártires da Santa Igreja Católica; rogai por nós!
João Carlos Resende

3 comentários:

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  2. Os relatos históricos que os apontam como homossexuais são mais contundentes que sua explanação, que em momento algum trouxe uma prova do que defende. Ele, homoafetivos ou não, tiveram uma morte gloriosa em nome da Santa Igreja, e o um fato ligado à vida pessoal de ambos poderia tirar esse crédito? A santidade foi provada pelo fato deles não negarem suas crenças cristãs.

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  3. Não se pode afirmar de modo algum que tiveram os dois relacionamento dessa natureza que imaginam. Como não se pode provar, não há que se levantar calúnia. A Igreja deve sim, defender a verdade, não a mentira inventada contra esses e São Sebastião. Ótimo texto e parabéns ao autor, por defender a dignidade dos santos, que não estão aqui mais para se defender.

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