terça-feira, 16 de setembro de 2014

O homem católico e o namoro

Por Maria Tereza Colares


Comecei a perceber que as vantagens de um relacionamento cristão eram muito maiores do que eu imaginava no consultório da minha terapeuta, quando ela me perguntou se eu não queria namorar por medo de uma possível relação sexual e, assim, ela descobriu que o namoro pelo qual ela tanto lutava para que saísse do impasse seria bem diferente do que habitual. 


“Católica”, entre aspas mesmo, como estamos acostumados, usou da minha escolha para me mostrar o quanto eu tinha sido agraciada por encontrar quem levasse Deus a sério: “Menina, homens religiosos são garantia de felicidade! Levam o namoro a sério, sabem amar, respeitar e tratar bem, são mais carinhosos e, quando é o caso, têm casamentos duradouros e felizes”, esse foi o discurso que eu escutei por bastante tempo, até o bendito sim.

Durante o namoro, não são poucas as vezes que chegam aos meus ouvidos coisas como “Queria um namoro igual ao seu!”, “Como você é abençoada por ter um namorado assim”, “Que lindo o namoro de vocês!”, “Claro que você não é insegura, ele nunca faria nada de mal pra você.” Fora as diversas vezes que eu não pude ajudar em uma situação difícil porque “Você nunca vai entender, o seu namoro não passa por isso!”.

Mas por quê? Por que ter um namoro em que Deus é a base é garantia de felicidade? Por que um namoro alicerçado nos ensinamentos da Igreja é tão leve, seguro e cheio de amor? E a resposta é simples: porque é por Ele e para Ele.

Existe uma frase que diz mais ou menos assim: “O amor imperfeito é muito frágil e fácil de ser traído, mas O Amor Perfeito, não”. Quando um homem vive em amizade com o Senhor, não é por sua namorada que ele permanece fiel, firme na batalha pela pureza, pelo amor e pela doação de si mesmo, é por Deus, o Amor Perfeito e, ir pra longe Daquele que o coração busca sem cessar, é ir contra si. Ser fiel a quem não corresponde as nossas expectativas incontáveis vezes é muito difícil, mas quando o Amor (assim, maiúsculo) entra em cena, tudo muda.

Quanto mais aconchegado no Sagrado Coração um homem estiver, maior vai ser a capacidade dele de amar, e amar com um amor que vem direto do Céu, capaz de superar qualquer coisa e de permanecer firme até o fim! Um amor generoso, que não busca felicidade e sim fazer feliz. Amor puro e pleno, que foi provado pelo fogo das renuncias, do não receber nada em troca e que se torna sobrenatural, amor de corpo e alma. Um amor que conta com a graça do Cristo para que seja como o amor Dele por nós, que entrega, sem reservas, a própria vida. 

Como não ser feliz experimentando tão grande amor? Como não confiar em um homem que é capacitado, a todo instante, por Nosso Senhor? Como entrar em crise, se o que Deus planeja é perfeito? Como não ser eterno, se foi feito para a Eternidade?

Namorar um Homem Católico é muito mais do que não ser traída, ter um relacionamento duradouro e feliz: é ser amada pelo próprio Amor através do coração de um Homem.





Leia mais sobre o assunto acessando estes textos abaixo:

















sábado, 6 de setembro de 2014

Por que a calça nunca poderá ser considerada uma roupa modesta para as mulheres?


Graças a Deus vemos muitas pessoas descobrindo a beleza dos valores do pudor e da modéstia, valores estes que devem ser refletidos na pessoa como um todo, mas um dos aspectos em que a modéstia e o pudor ficam mais latentes é no modo de se vestir. Consequentemente ao fato desse crescimento no interesse de conhecer mais sobre o assunto surgem vários apostolados que falam a respeito, isto é muito bom, é claro, mas na busca pela verdade e sobre o melhor modo de agir vemos divergências em alguns pontos, e o que sempre causa mais polêmica é sobre  uso de calças pelas mulheres, será que este uso é modesto ou não? Nesta presente postagem tentaremos elencar alguns pontos que o ajudarão a refletir sobre o tema e responder a esta questão perante a sua consciência.

Como foi dito, é um assunto que sempre gera muita polêmica, só pedimos a boa vontade do (a) caro (a) leitor (a) ao analisar os argumentos colocados, a sua reflexão séria sobre cada um deles, muitas vezes está sobre nós o peso de gostos pessoais e aprendizados errôneos, mas sei que o caro leitor – iluminado pela Virgem Santíssima – analisará cada um dos pontos com o seu bom senso.

Usaremos como pontos base de reflexão dois parágrafos [1] do Catecismo da Igreja Católica que falam a respeito do pudor e da modéstia, e também uma aula do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo [2] sobre o tema, no qual ele faz uma explicação aprofundada destes citados parágrafos do Catecismo. E desde já recomendamos muitíssimo que você assista a esta aula para um melhor entendimento desta e de outras questões sobre o pudor e a modéstia, a aula pode ser acessada através deste link: “Pudor e Modéstia” [3]

Então, a primeira questão é a seguinte: Discute-se muito se é ou não pecado que as mulheres usem calças, creio que a questão seja muito mais profunda do que isto, pois acima de tudo está a caridade, e a caridade se exerce no querer dar maior Glória a Deus, agindo de modo que O agrademos e que possamos contribuir na santificação dos outros, agindo assim estaremos nos santificando também.

Quando tendemos, em qualquer situação, a nos questionarmos apenas se é pecado ou não, sem pensar antes na caridade, estaremos nos direcionando ao egoísmo, no fundo estaremos nos perguntando: “será que me condeno ou não com esta atitude?”, estarei pensando antes em mim do que em Deus e no próximo. É óbvio que devemos fugir do que nos condena, mas o princípio da caridade nos impele a antes olhar o que dá maior Glória a Deus, Santo Agostinho disse: “ama e faça o que quiseres”, se amamos a Deus acima de todas as coisas, se agimos com caridade, logo nossas ações serão sempre ordenadas para o bem, sempre buscaremos o que é mais perfeito, e não simplesmente faremos as coisas de forma mediana, com um pensamento do tipo: “já que não é pecado mortal não há problema em fazer isto.”

Comparando isto a modéstia e ao pudor poderemos nos fazer alguns questionamentos que serão guias no modo de nos vestirmos: “Estou agradando a Deus me vestindo assim? "É o modo mais modesto que posso me vestir ou só “está na média?" “O que visto transmite dignidade ou se transforma numa tentação para provocar olhar alheio?”

Desenho original de Maria Bastos de Matos, disponível em http://tirinhasdamaria.wordpress.com/2012/08/08/e-quando-uma-moca-catolica/

Na já citada aula do Pe. Paulo Ricardo ele faz uma brilhante definição de como a mulher deve agir para sempre se vestir com modéstia: “... a mulher não deve achar que a visão sobre si mesma é padrão para o modo de se vestir modestamente, o padrão deve ser que ela analise se a sua vestimenta provoca o olhar masculino, antes de pensar em si mesma ela deve pensar em ser caridosa com o seu próximo".

Analisando bem esta questão da caridade, passamos a mais um ponto: A definição do Catecismo da Igreja Católica sobre pudor e modéstia: O Catecismo diz de forma muito clara: O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado castidade, exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e de sua união [...] O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir. Mantém o silêncio ou certa reserva quando se entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se discrição. [4]

Dessa definição entendemos que o pudor e a modéstia servem para preservar aquilo que é muito íntimo e sagrado para nós, e tudo o que nos é íntimo fica em segredo, não fica a vista da curiosidade de qualquer um. Por exemplo, quando temos um grande segredo ele fica guardado conosco ou só revelamos a pessoas de muitíssima confiança.

Dizendo isto em relação a nossos corpos vemos também que  há partes que só devem ser reveladas entre pessoas que podem partilhar a máxima intimidade, que são os esposos, fora disso seria uma exposição à curiosidade malsã, a curiosidade maldosa, como cita o Catecismo.  Devemos sempre lembrar – e como é muito bem explicado também na aula do Pe. Paulo Ricardo – que por causa do pecado original perdemos a capacidade de olhar para um corpo e vermos somente a beleza da criação, por nossa má inclinação sempre teremos a tendência a ter um olhar sobre o corpo do outro como um objeto de prazer, e este é mais um dos motivos pelos quais certas partes devem sempre ficar escondidas. Devemos obviamente lutar - e com auxílio da Graça - contra essas más inclinações, e nisso o pudor é um grande aliado, porque protege a própria pessoa e os outros destes perigos, como se diz no texto introdutório da aula do Pe. Paulo Ricardo: “O pudor recorda que é preciso esconder o corpo para mostrar a alma.”

Mas, que partes são estas que devem ficar escondidas? Um esquema muito fácil de ser entendido está na já citada aula do Pe. Paulo Ricardo, onde ele explica que quanto mais conotação sexual tiver certa parte do corpo menos ela deve ficar exposta. Isto é bastante óbvio, e novamente aconselho muito que o caro leitor assista a esta aula, onde ele fala da questão com mais pormenores, mas poderemos resumir da seguinte maneira: Há partes sem nenhuma conotação sexual, outras que têm uma conotação média, e as que têm conotação sexual explicita.
É muito óbvio que é indecente que partes com conotação sexual média e explícita fiquem a mostra, mas deve-se ficar atento a outra questão também, deixar estas partes a mostra através da insinuação também é imodesto. Para exemplificar, uma mulher pode estar com uma blusa que é toda fechada, mas se esta for transparente ou muito justa não podemos dizer que é uma roupa modesta, sobre isto sei que o caro leitor concorda.

E este problema da insinuação é tanto pior se for com partes de conotação sexual explícita, daí entendemos - e também respondemos a questão feita no título dessa postagem - o motivo pelo qual uma calça nunca poderá ser considerada uma roupa modesta para as mulheres, pois todos os tipos de calças - até as que não são justas - deixam à mostra as formas das partes íntimas femininas através da insinuação. Ao contrário, isso nunca vai acontecer se ela estiver usando saias ou vestidos modestos, estes não deixam a mostra o que deve ficar escondido.


Saiassas


Como disse no início, só peço a benevolência do caro leitor em refletir sobre os argumentos mostrados, repare que nos baseamos em 3 pressupostos muito claros, e que sabemos que o seu bom senso também concorda: a caridade, o pudor e o perigo das insinuações. Onde a caridade busca agradar a Deus acima de tudo e neste caso específico sobre a modéstia deve observar se a roupa não está provocando o olhar alheio, onde se busca o que é mais perfeito, e sabe-se que uma saia ou vestido modestos são mais perfeitos do que qualquer calça, onde o pudor é não deixar a mostra aquilo que é tão íntimo que deve-se manter em segredo, e onde deve-se estar atento aos detalhes, até no caso das insinuações, principalmente das partes com conotação sexual explícita, disso vemos claramente que as calças não podem ser consideradas roupas modestas paras as mulheres, pois o seu uso vai de caminho contrário a estes 3 pressupostos de bom senso. Peço ao leitor a reflexão sincera sobre estes pontos por nós colocados, bem lá no fundo você perceberá que eles fazem muito sentido.

Mais uma questão séria a ser refletida é que o uso de calças pelas mulheres foi e sempre será um símbolo da revolução feminista [5], revolução esta que prometia as mulheres que elas seriam livres do “jugo machista”, mas que na verdade as transformou em escravas de uma ideologia que lhes tira a feminilidade, principalmente porque essa ideologia luta contra o que há de mais belo na mulher, que é o dom da maternidade. Um vestido e/ou uma saia modesta sempre transmitirá uma imagem de feminilidade, enquanto as calças sempre transmitem a imagem de sensualidade ou masculinidade, caracteres que são contrários a beleza da feminilidade. Aconselho a leitura do artigo “A mulher e as calças nos anos 40” [6], você poderá saber mais sobre como foram as estratégias feministas para a introdução do uso das calças no vestuário feminino.

E só para lembrar, não é o simples trocar calças por vestidos e saias que torna a vestimenta modesta, os mesmos devem passar pelo mesmo caminho da caridade e do pudor demonstrados acima, por exemplo, trocar uma calça por uma saia curta e/ou muito justa, ou usar saias modestas com blusas decotadas [7] não adiantam muito. E também, saber que pudor e a modéstia são virtudes que abarcam a pessoa por completa, a vestimenta é um dos reflexos destas virtudes, é preciso uma conversão interior, se não o que ocorrerá nessa mudança é que a pessoa apenas criará um personagem, e quando vier as dificuldades ela abandonará muito facilmente os hábitos de se vestir com modéstia. Quando há a conversão o hábito de se vestir com modéstia se torna natural, e é este objetivo. Sobre este assunto específico convido a leitura destes 3 artigos que constam nestes links aqui aqui e aqui. [8]

Então, antes de terminar o artigo, como há algumas objeções quando se diz que o correto é que as mulheres devem usar sempre saias ou vestidos modestos ao invés de calças, gostaria de responder a algumas dessas objeções que são bastante comuns, mas para não alongar demais este artigo colocamos essas considerações em outra postagem, você pode acessá-la por este link: Porque a calça nunca poderá ser considerada uma roupa modesta para as mulheres? - 2ª Parte”

Mas desde já deixamos aqui a lista de qual serão estas objeções, peço ao caro leitor que ao terminar este artigo também possa acessar o próximo, para um melhor entendimento sobre o assunto. Então, as tais objeções em que colocaremos a contra-argumentação são as seguintes:
1ª) Todos aqueles que apoiam a ideia de que as mulheres usem exclusivamente saias e vestidos tem uma mentalidade rad-trad  [9]
2ª) Há uma placa no Vaticano indicando que as mulheres só devem entrar na Basílica de São Pedro usando vestidos, saias ou calças, logo, a Igreja permite o uso de calças.
3ª) A condenação do uso de calças pelas mulheres feita pelo Cardeal Siri e por São Pe. Pio de Pietrelcina só eram validas para a época deles.
4ª) O Papa São Nicolau I (810-858) aprovou o uso de calças pelas mulheres.
5ª) Santa Gianna Molla usou calças, logo, é modesto que se use também.


E para terminar, um argumento simples, mas que tem um peso maior do que qualquer outro que poderíamos colocar: Invoquemos a Rainha do Céu e da Terra, Nossa Mãe Santíssima, a personificação do pudor e da modéstia. Imaginemos que Nossa Senhora vivesse em nossos dias, sabendo de sua augusta caridade, de seu pudor imaculado e de sua santa discrição, e que Ela é a criatura que sempre mais buscou e viveu o que é mais perfeito, se Ela tivesse que escolher entre um belo vestido modesto e uma calça, o que Ela vestiria? Sei que durante esta leitura você veio refletindo seriamente sobre todos os argumentos colocados, então, agora peço que vá bem ao interior de sua consciência e reflita sobre esta pergunta: “... o que Ela vestiria?” E agora, Nossa Senhora não estaria lhe pedindo algo a mais? Sei que neste momento sua consciência já tem uma resposta... É hora de mudar, é hora de imitar a Rainha da Modéstia.


Santa Maria, Mãe Puríssima, rogai por nós!

Tiago Martins

Grifos nossos

Referências:
[1] Catecismo da Igreja Católica – § 2521 e 2522

[2] Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior – Saiba mais sobre sua biografia e apostolado acessando este link

[3] “Pudor e Modéstia – de Pe. Paulo Ricardo de Azevedo.

[4] Catecismo da Igreja Católica – § 2521 e 2522

[5] Saiba mais sobre o assunto acessando: “Feminismo, o maior inimigo das mulheres – de Pe. Paulo Ricardo de Azevedo

[6] “A mulher e as calças nos anos 40”de Luciana Lachance, disponível emTeus Vestidos

[7] Saiba mais sobre o assunto acessando: “Modéstia, pudor e lógica: Sobre o uso de blusas com decote”. Disponível em Mater Dei.

[8] Artigos “Como estou me vestindo?” e “Por que usar saia abaixo dos joelhos? - ambos de Maria Bastos de Matos, disponíveis em “Tirinhas da Maria” e "Porque amamos uma saia modesta", de Luciana Lachance, disponível em "Teus Vestidos"

[9] Rad-Trad: Abreviação de radical tradicionalista, entende-se por aquela pessoa que diz buscar o resgate de valores tradicionais no campo da moral e da liturgia, mas que infelizmente não atua com equilíbrio, suas ações chegam a extremos e para justificar opiniões pessoais se tornam desobedientes a Igreja. Na segunda parte da postagem mostraremos mais detalhadamente algumas características e erros da ideologia rad-trad.

Indicamos ao caro leitor estes blogs e sites:  Tirinhas da MariaA Formação da Moça CatólicaTeus VestidosModa e ModéstiaComunidade Mariana na ModéstiaTradição e Modéstia nos passos de Maria.


Por que a calça nunca poderá ser considerada uma roupa modesta para as mulheres? - 2ª Parte


Como prometido, esta é a continuação do artigo Por que a calça nunca poderá ser considerada uma roupa modesta para as mulheres?onde responderemos a algumas objeções comumente usadas quando se diz que as mulheres devem usar exclusivamente saias e vestidos modestos ao invés de calças. Peço ao caro (a) leitor (a) que tenha chegado diretamente a este artigo que possa ler a sua primeira parte para um melhor entendimento da questão, você pode acessá-lo clicando no link acima. Então, vamos às objeções:

1ª Objeção: Todos aqueles que apoiam a ideia de que as mulheres usem exclusivamente saias e vestidos tem uma mentalidade rad-trad: [1] Rad-trad é a abreviação de radical tradicionalista, entende-se por aquela pessoa que diz buscar o resgate de valores tradicionais no campo da moral e da liturgia, principalmente, mas que infelizmente não atua com equilíbrio, suas ações chegam a extremos e para justificar opiniões pessoais se tornam desobedientes a Igreja. Suas principais marcas são as de não concordarem com as reformas propostas pelo Concílio Vaticano II e a do Missal do Rito Romano, colocando a culpa pela crise interna da Igreja na realização destas reformas.

Enquanto o nosso Papa Emérito Bento XVI pediu que se entenda o Concílio Vaticano II a partir da hermenêutica da continuidade [2], ou seja, interpretando-o em consonância com todos os anteriores, os rad-trad caem no mesmo erro dos modernistas, o interpretando a partir da hermenêutica da ruptura”, crendo que há uma Igreja pré e outra pós Concílio. Enquanto os modernistas crêem que tudo o que é pré-conciliar é ruim, os rad-trad creem que nada pós–conciliar tem valor. No fundo essa “hermenêutica da ruptura” é falta de fé, pois a Igreja é Una, indivisível, falar que a Igreja se rompeu depois do Concílio Vaticano II é dizer que a Igreja fundada por Nosso Senhor sucumbiu. Se uma pessoa começa a falar mal do Papa, ou coisas do tipo: “Roma perdeu a fé”, é um sinal claro que é um rad-trad. O verdadeiro católico que busca o reerguimento dos valores tradicionais é obediente ao Magistério da Igreja, ele repete junto com Santo Inácio de Loyola: “Acredito que o branco que vejo é negro se a hierarquia da Igreja assim o tiver determinado.”

Fiz uma pequena introdução sobre a ideologia rad-trad pois talvez muitos que venham a ler este artigo nunca tenham ouvido falar a respeito do tema, ou pelo menos não com pormenores.
É de conhecimento que muitos apostolados rad-trad apoiam a ideia de que as mulheres não devem usar calças, mas isso não faz necessariamente que todos os que apoiem esta ideia sejam rad-trad. Este nosso apostolado, por exemplo, entre vários outros, apóia concretamente o uso de roupas modestas descritas ao longo da primeira parte desta postagem e ao mesmo tempo rechaçamos completamente a ideologia rad-trad por saber que ela é danosa para a fé.

Para exemplificar, imagine que uma moça protestante se vista com modéstia, sua atitude é louvável, mas isso não quer dizer que eu concorde com o seu protestantismo. Assim também, se um apostolado fala bem sobre modéstia, mas em outras questões tenha uma mentalidade rad-trad, é louvável sua atitude em favor da modéstia, mas isso não quer dizer que eu concorde com sua mentalidade rad-trad de desobediência a hierarquia.
Resumindo, como foi demonstrado, nós somos um apostolado – e conhecemos vários outros [3] – que apoiam a ideia de que calças não são roupas modestas para as mulheres e também rechaçamos a ideologia rad-trad, como foi detalhadamente demonstrado, e isto responde a objeção, pois nem todos os que apoiam a ideia do uso exclusivo de saias e vestidos pelas mulheres são rad-trad.

Um adendo importante no assunto: Há pouco tempo vi uma outra acusação, inventaram um apelido para quem apóia a ideia de que as mulheres não usem calças, os chamando de “rad-modests”. Creio que perceberam que cresce cada vez mais o número de pessoas que apóiam o uso exclusivo de saias e vestidos pelas mulheres mas que não são rad-trad, então estes primeiros fazem acusação de que os outros são radicais somente em questões de modéstia, daí o nome “rad-modests”. Mas como foi dito, foi somente um apelido, é a única coisa que os acusadores conseguem fazer, quando surge um novo argumento contra o uso de calças eles respondem com um novo deboche, um novo apelido, isso é sinal de falta de contra-argumentação sólida, e essa falta de argumentação só faz dar mais poder a ideia de que calças não são roupas modestas, pois o deboche contra uma ideia é sinal de que a pessoa quer mudar de assunto pois não tem resposta para o que lhe foi questionado.

Quando alguém diz que calças não são modestas é muito fácil responder: “seu rad-modests!” ou “olha os puritanos aí!” , é muito mais fácil dizer estas coisas do que ler vários artigos, ver vídeos, ouvir o que sacerdotes santos tem a dizer sobre modéstia e pudor, unir os argumentos sólidos, excluir os que não fazem sentido, rezar e pedir iluminações a Deus e Virgem Santíssima sobre o assunto para descobrir qual é o melhor caminho, é muito mais fácil acusar os outros com apelidos, mas nunca o correto, por isso esses “apostolados do deboche” tem cada vez menos força, graças a Deus.

E por falar em sacerdotes, graças a Deus cresce cada vez mais o número de sacerdotes santos e doutos que apoiam a ideia de que o correto é que as mulheres usem somente saias e vestidos modestos. Desse fato me veio a mente uma cena que eu gostaria de ver um dia: Uma pessoa destas que gostam de fazer deboches confrontando suas ideias com um destes sacerdotes, mas frente a frente, por que atrás de um computador é muito fácil, creio que num encontro pessoal essa coragem de confronto e deboches sumiria em dois tempos.

2ª Objeção: Há uma placa no Vaticano indicando que as mulheres só devem entrar na Basílica de São Pedro usando vestidos ou calças, logo, a Igreja permite o uso de calças.  Primeiro, dizer que se permite ou não entra naquela questão do “é pecado ou não?” mostrada na primeira parte do artigo, antes nós devemos olhar a caridade, buscar o que é mais perfeito. Devemos entender nesse caso específico que a maioria absoluta de pessoas que visitam a Basílica é de turistas, turistas estes que também na sua maioria não tem um olhar sobre o sagrado e sim estão apenas indo ver uma maravilha arquitetônica.

E as pessoas que ordenaram a confecção destas placas obviamente entendem isso, o que há nessa placa é uma tolerância, o uso de calças é um mal menor do que o uso de uma mini-saia ou um short, pelo menos isso a maioria das pessoas entendem. Podemos fazer uma comparação para um melhor entendimento: Naquela passagem dos Evangelhos onde os fariseus questionam Nosso Senhor sobre a indissolubilidade do matrimônio, citando o fato de Moisés ter permitido o divórcio, Ele responde: “É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim” (cf. Mt 19-8). A comparação se encaixa da seguinte maneira: Vivemos numa sociedade paganizada, de corações duros quanto aos ensinamentos cristãos, neste caso específico sobre a modéstia e o pudor está complicado para falar até entre os católicos, imagina o que seria explicar para um pagão, então nesse caso da placa se mostra uma tolerância e não um ensinamento de que o uso de calças é modesto, como argumentam. 

Nosso Senhor continua e confirma a indissolubilidade do matrimônio na citada passagem das Escrituras, por que é o mais perfeito, também com relação à modéstia o mais perfeito é o uso de saias e vestidos modestos, do mesmo modo que a tolerância é dada por Moisés ao povo de coração duro é dado também nesse caso específico uma tolerância a um certo tipo de público que dificilmente teria alguma noção sobre modéstia, quando se tolera algo é sinal de que aquilo não é o mais perfeito, e sim mediano.
Há outra coisa que também demonstra essa questão da tolerância aos que não tem princípios cristãos arraigados, repare bem nas Missas dentro da Basílica de São Pedro, neste caso sim são pessoas que na maioria absoluta tem a noção do sagrado muito maior, repare como a maioria das mulheres está vestida modestamente, inclusive boa parte usando véu. Respondendo a objeção: Esta placa não quer demonstrar uma permissão da Igreja ao uso das calças, e sim uma tolerância a um mal menor. 

A Igreja nunca se pronunciou magisterialmente sobre o assunto, e creio que nunca irá, nunca haverá um documento sobre o uso de calças, a Igreja se pronunciou várias vezes em relação à modéstia e o pudor em geral, e sempre incentivou a buscar o que é mais perfeito em detrimento ao mediano. E também, quando a Igreja não se pronuncia oficialmente sobre um assunto é de bom senso que se ouça a opinião de sacerdotes santos e doutos a respeito, com certeza a opinião deles é muito mais acertada que a nossa. E como sabemos, e falaremos a seguir, há documentos e declarações de cardeais e santos dizendo que o uso de calças pelas mulheres é incorreto.

3ª) Objeção: A condenação do uso de calças pelas mulheres feita pelo Cardeal Siri e por São Pe. Pio de Pietrelcina só eram validas para a época deles. É sabido que há uma notificação [4] do Cardeal Giuseppe Siri, então Arcebispo de Genova – Itália, datada de 1960, no qual ele mostra de forma magistral os males que o uso das calças causa as mulheres, pois deturpa a sua feminilidade, e que se elas continuassem este uso as coisas iriam piorar. Também se sabe de condenações feitas por São Pe. Pio de Pietrelcina [5] ao uso de caças pelas mulheres.
Dizem então que estas normas só valeriam para a época deles, que “hoje em dia as coisas mudaram” e coisas do tipo. Sinceramente, isto é o clássico caso da desculpa esfarrapada. Este é o mesmo argumento que os modernistas usam para não obedecer às normas da hierarquia da Igreja, se pudéssemos usar este argumento como válido também não precisaríamos ter obediência as notificações de condenações feitas ao comunismo, por exemplo, notificações estas feitas até anteriormente as citadas primeiramente. Como foi dito acima, quando a Igreja não se pronuncia oficialmente sobre um assunto é de bom senso que procuremos a palavra de sacerdotes santos e doutos, e estes citados não são “qualquer um”, mas um cardeal da Santa Igreja, e um dos santos mais estimados de nossos tempos. Respondendo a objeção: Pela dignidade, sabedoria e santidade do Cardeal Siri e de São Pe. Pio é de altíssima confiança que as suas palavras são verdadeiras, logo, servem para todas as épocas.

Desde já recomendo muitíssimo que o caro leitor leia a notificação feita pelo Cardeal Siri, é uma verdadeira aula sobre um assunto, de uma consistência lógica impressionante, e podemos dizer também, profética, pois todos os males que ele mostrou que viriam caso não fossem tomadas certas atitudes, infelizmente aconteceram, deturpando a feminilidade, a maternidade e consequentemente as famílias. Ela pode ser lida acessando este link.

4ª Objeção: O Papa São Nicolau I (810-858) aprovou o uso de calças pelas mulheres.
Usa-se este argumento a partir de uma notificação do Santo Padre ao Rei Bóris da Bulgária que diz o seguinte:O fato de você ou sua esposa vestir ou não calças não impede sua salvação nem leva a qualquer aumento de sua virtude". A questão é que quem usa este argumento normalmente não conta a história por completo, é o típico caso de “texto fora do contexto é pretexto”. Esta é apenas uma das frases contidas em uma carta-resposta do Santo Padre ao Rei Boris no ano de 866, em que o Rei havia pedido conselhos a respeito de vários assuntos, pois ele e seu povo tinham se convertido recentemente ao catolicismo. Peço ao leitor que leia a carta na sua íntegra acessando este link: Resposta do Papa Nicolau I as questões dos búlgaros”.

Um dos conselhos pedidos pelo Rei Boris é em relação às vestimentas, visto que as de seu povo destoavam em alguns aspectos das dos demais cristãos, uma dessas peças é femoralia , uma espécie de calça – como a mostrada na foto acima - , e o Papa responde: "Consideramos ser irrelevante o que você perguntou sobre femoralia; pois não desejamos que o estilo exterior da sua roupa seja mudado, mas sim o comportamento do homem interior, nem queremos saber o que estão vestindo exceto Cristo – entretanto, muitos foram batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo [Gal 3, 27] – mas sim como vocês estão progredindo na fé e nas boas obras. Porém, o que perguntou preocupado com esses assuntos em sua simplicidade, isto é, por temer de que isto se tornasse um pecado, por divergir dos costumes de outros Cristãos, e a fim de que não tirássemos nada do seu desejo, nós declaramos que nos nossos livros, calças [femoralia] são ordenadas para ser feitas, não para que as mulheres possam usá-las, mas que os homens possam."

Lendo a carta completa você nota o seguinte: O Papa explica que realmente na cultura cristã as calças são peças masculinas, e que as mulheres não devem usá-las, mas dá uma tolerância para que o povo búlgaro mantenha seus costumes de vestimentas, pois eles estão ainda no processo de adaptação a cultura cristã, e pede que antes busquem a sua conversão interior, que se preocupem também com a vestimenta espiritual. É claramente o caso da tolerância demonstrada também na argumentação sobre a placa do Vaticano, tolera-se um mal menor por saber que o grupo a quem se está referindo ainda não está com a fé e a cultura cristãs arraigadas em si.

E além do mais, repare que a femoralia ainda tem uma proteção parecida a um avental logo à frente, o problema do uso de calças – como demonstrado no primeiro artigo – é que elas deixam a mostra - por insinuação – as formas das partes íntimas femininas, esse problema não havia na femoralia por causa deste avental.

Aliás, uma coisa interessante, não sei se é falta de atenção dos que usam estes argumentos, ou o que é, mas as objeções 3 e 4 se auto-anulam: Por que os ditos sobre o uso de calças pelas mulheres do Cardeal Siri e São Pe. Pio são inválidos por serem considerados “fora da nossa época”, mas os do Papa Nicolau escritos há 1200 anos são válidos? É uma incoerência lógica dessas pessoas tentarem usar argumentos contrários ao mesmo tempo, isso se chama moral de conveniência, a pessoa muda de opinião de acordo com o que mais lhe convém. E o pior, como foi demonstrado, nem a citação do Papa Nicolau eles podem usar como argumento, pois é uma citação fora de contexto. Respondendo a objeção: O Papa São Nicolau I não aprovou ou incentivou o uso de calças pelas mulheres, ele tolerou como sendo um mal menor por que o povo específico a que ele se dirigiu ainda estava se adaptando a cultura cristã.

5ª Objeção: Santa Gianna Molla usou calças, logo, é modesto que se use também. Este é o argumento mais usado para tentar demonstrar que o uso de calças é modesto, mas ao mesmo tempo é o que tem a resposta menos complexa. Todas as imagens em que Santa Gianna aparece de calça são num ambiente montanhoso com neve, entende-se que ela estava vestida assim para se movimentar melhor no ambiente, praticando um esporte ou somente passeando, são situações que ela julgava necessário. Há situações claras onde não é seguro que se use saias ou vestidos, como, por exemplo, esquiar na neve, ou quando uma mulher trabalhe num local como numa plataforma de petróleo. Novamente entra a questão da tolerância, as calças não são roupas modestas, mas há uma tolerância para uma situação onde se julga necessário o seu uso. Se é necessário abrir mão de uma roupa modesta por causa de um entretenimento ou que uma mulher trabalhe num serviço tão pesado (como o do exemplo) é outra história, não podemos julgar a consciência de ninguém quanto a suas necessidades, ainda mais de uma santa, como nessa questão específica de Santa Gianna.

A questão aqui é outra, o fato de Santa Gianna ter usado calças não as tornam uma vestimenta modesta, pois roupas não mudam de forma mesmo que uma santa as tenha usado. A calça continua sendo uma peça de roupa que deixa a mostra – por insinuação – partes do corpo feminino que não deviam ficar deste modo, e nunca trará aspectos de feminilidade à mulher, ao contrário do que faz uma saia ou vestido modestos. Respondendo a objeção: Santa Gianna usou calças, mas foram em situações onde ela julgava necessário, isso não torna a calça uma peça de roupa modesta.

Santa Gianna sempre buscou o que é mais perfeito, quero então analisar essa questão por outro ângulo: Você já viu alguma foto de Santa Gianna usando calças em situações que não eram estritamente necessárias? Claro que não. Esse uso foi exceção e não regra, ela usou em casos muito específicos em que sua consciência achou necessário, então faço um desafio aos que gostam de usar esta imagem de Santa Gianna para defender o uso das calças: Que tal se vestir como a santa e usar saias e vestidos modestos no dia-a-dia? Que tal usar o exemplo dela por completo e não só no momento que convém? Se for pra citar o exemplo de Santa Gianna para falar de modéstia então a copie por completo, use sempre saias e vestidos modestos, e se por acaso tiver que usar calças, que sejam em situações realmente necessárias, do contrário, usar essa situação como argumentação se torna apenas a já dita moral de conveniência.



Antes de terminar, apenas mais um exemplo de como o uso de calças pelas mulheres sempre será imodesto. Em outra vídeo-aula sobre modéstia com o título: “Modéstia, como as mulheres devem se portar – Parte 1” [6] – que desde já recomendo muitíssimo também – o Pe. Paulo Ricardo tem uma frase magistral sobre como as calças nunca serão símbolo de dignidade para as mulheres, pois no momento da vida onde ela quer deixar mais evidente a beleza de sua feminilidade, que é no dia do seu casamento, ela irá querer usar um vestido, e não uma calça, o padre diz: "Se você mulher, acha que fica muito feminina de calças, por que no seu casamento não usa calças? Vai de calças, casa de calças já que acha tão feminino assim." Como foi dito na primeira parte do artigo, o uso de calças pelas mulheres sempre deixará nelas uma imagem de sensualidade ou masculinidade, mas nunca de feminilidade.

E terminamos do mesmo que no primeiro artigo, invocando a Rainha da Modéstia, Nossa Mãe Maria Santíssima, num questionamento feito pelo Pe. Thomas Morrow a respeito de como se vestir modestamente. Pediria ao caro (a) leitor (a) que fizesse um séria reflexão sobre as ditas palavras, juntamente com os argumentos colocados nos dois artigos:

"As mulheres devem perguntar-se: “A quem estou procurando agradar? A Deus ou ao mundo? Diz São Tiago: “O amor do mundo é abominado por Deus” (Tg 4,4). Pensemos no modo como se vestiria hoje a Mãe de Jesus, se fosse uma solteira de 25 anos: Especulando, seria um exemplo daquilo que São Francisco de Sales desejava: “Eu, por minha parte, teria um grupo de gente piedosa, homens e mulheres sempre adequadamente vestidos, mas sem ostentação nem extravagâncias. Como diz o provérbio, gostaria que elas estivessem "adornadas com graça, decência e dignidade"”. [7]

Que Nossa Mãe Santíssima, Rainha da Modéstia e Sede da Sabedoria ilumine nossas consciências.

Tiago Martins

Grifos nossos.

Referências:
[1] Leia mais sobre o assunto acessando este link: Santos: Sinais de contradição
[2] Papa Bento XVI – em Discurso à Cúria Romana – 22/12/2005
Saiba mais sobre o assunto acessando este link: “O Missal de Paulo VI e a Hermenêutica da Continuidade”, de Pe. Paulo Ricardo de Azevedo.
[4] Notificação concernente às mulheres que vestem roupas de homem - Cardeal Giuseppe Siri – 12/06/1960
[5] São Pe. Pio de Pietrelcina e a modéstia. Leia mais sobre o assunto acessando este link:
[7] Pe. Thomas Morrow – Em Namoro Cristão num mundo supersexualizado”, Ed. Quadrante. O capítulo do referido livro no qual se encontra esta citação pode ser acessado através deste link.




As respostas do Papa Nicolau I para as questões dos búlgaros

As respostas do Papa Nicolau I para as questões dos búlgaros
Ano 866

Carta 99- Capítulo LVIIII.

“Consideramos o que você perguntou sobre calças (femoralia) para ser irrelevante; pois não queria que o estilo exterior de sua roupa para ser mudado, mas sim o comportamento do homem interior dentro de você, nem nós desejamos saber o que você está vestindo, exceto Cristo - para no entanto muitos de vocês foram batizados em Cristo, foram postas em Cristo [Gal. 03:27] - mas sim como você está progredindo na fé e boas obras. Mas já que você perguntar sobre estas matérias na sua simplicidade, ou seja, porque você estava com medo de que ela seja contra você como um pecado, se divergem no menor caminho a partir do costume de outros cristãos, e para que não parecem tirar nada de seu desejo, declaramos que em nossos livros, calças (femoralia) são ordenados a ser feita, não a fim de que as mulheres podem usá-los, mas que os homens podem. Mas agir agora para que, assim como você passou do velho para o novo homem, [cf. Ef. 4: 22-24; Cl 3, 9-10] você passa do seu costume antes da nossa, em todas as coisas; mas realmente fazer o que quiser. Para se você ou sua mulher usar ou não usar calças (femoralia) não impede a sua salvação, nem leva a um aumento da sua virtude. 

Claro, porque nós dissemos que as calças são ordenados a ser feita, deve-se notar que colocamos em calças espiritualmente, quando coibir a concupiscência da carne através da abstinência; para esses lugares são limitados por calças em que os assentos de luxo são conhecidos por ser. É por isso que os primeiros seres humanos, quando se sentiam movimentos ilícitos em seus membros depois do pecado, correu para as folhas de uma figueira e tangas teceu para si mesmos. [Cf. Gn 3: 7] Mas estes são calças espirituais, que você ainda não podia suportar, e, se eu puder falar com o apóstolo, você ainda não é capaz; para você ainda é carnal. [I Coríntios. 3: 2] E assim temos dito algumas coisas sobre o assunto, embora, com o dom de Deus, poderíamos dizer muito mais.”


Tradução simples usando o Google Tradutor


P.S.: Este texto é muito usado para tenta argumentar que o Papa Nicolau I autorizou o uso de calças pelas mulheres, o que não faz sentido, analisando o texto completo da carta. Saiba mais sobre o assunto acessando este link: Por que a calça nunca poderá ser considerada uma roupa modesta para as mulheres? - 2ª Parte


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Novena de Nossa Senhora das Dores - 06 a 14 de Setembro

Festa dia 15 de Setembro

Ave-Maria Dolorosa
Deus vos salve, Maria, cheia sois de dores;Jesus crucificado está contigo; digna sois de chorada e compadecida entre todas as mulheres, e digno é de ser chorado e compadecido Jesus, fruto bendito de teu ventre.
Santa Maria, Mãe do Crucificado, dai lágrimas a nós crucificadores de teu Filho, agora e na hora de nossa morte.Amém 
.

Oferecimento para todos os dias
Oh! Deus meu!
Eu creio, adoro, espero e Vos amo.
Vos peço perdão pelos que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.
Oh! Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo! eu vos adoro profundamente e vos ofereço o preciosíssimo corpo, sangue, alma e Divindade e de nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os tabernáculos do mundo, em reparação dos ultrajes com que Ele é ofendido;
E pelos méritos infinitos de seu Santíssimo Coração e intercessão do Imaculado Coração de Maria, Vos peço a conversão dos pecadores.

Oração Inicial
Oh! Virgem, a mais dolorosa do mundo depois de teu Filho, a cujas dores estiveste perpetuamente associada:
Vos rogo que me alcances fortaleza para sofrer por meus pecados, como Vós sofrestes pelos nossos, a fim de que, crucificando minhas paixões e concupiscências na cruz de Cristo, levando a cruz de meu dever pelo caminho de minha vida, caminhando em direção ao Senhor e perseverando constantemente a teu lado.
Oh! Mãe minha, ao pé da cruz de teu Filho, viva sempre e morra contigo, redimido e santificado pelo Sangue preciosíssimo de nosso Redentor.
Também vos peço, por tuas dores, que ouças meu pedido nesta Novena e, se convém, me concedas.

Oração final para todos os dias.
Lembrai-vos, Virgem Mãe de Deus, quando estiverdes na presença do Senhor, de falar em favor nosso e que aparte sua indignação de nós.
Oh! Santíssima Mãe, faz-me esta graça:
Fixai em meu coração com eficácia as Chagas de Jesus crucificado.
Fazei que de Cristo em mim leve a morte, que participe de sua Paixão e sorte e medite em suas Chagas.
Para que não arda nos eternos fogos, defendei-me Vós, Oh! Virgem, com teus rogos, no dia do juízo.
E Vós, Oh! Cristo, ao sair eu desta vida, por tua Mãe querida, fazei que chegue a palma de vitória.
Quando meu corpo morra, que minha alma adquira do paraíso a glória.
Rezar três Ave-Maria.
Rogai por nós, Virgem dolorosíssima, que estivestes constantemente junto a cruz de Jesus Cristo.
Nossa Senhora da boa Morte, rogai por nós.

Oremos:
Te rogamos, Senhor nosso Jesus Cristo, que interceda ante tua Clemência a bem-aventurada Virgem Maria tua Mãe, cuja alma foi atravessada pela espada de dor na hora de tua Paixão.
O pedimos por ti, Oh! Jesus Cristo, Salvador do mundo, que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.
São José, rogai por nós.

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1º Dia

Oh! Virgem dolorosa, sendo Vós árvore florido, fostes tão aflita, e eu árvore seca e inútil, quero viver sossegado e sou impaciente de toda moléstia e adversidade.
Vos rogo me concedas espírito de penitência, humildade e mortificação cristã para imitar a Vós e a teu amado Filho, crucificado por mim.


2º Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes quando o ancião Simão vos profetizou as contradições com que o mundo havia de perseguir a teu Filho, vos suplico não permitas que eu me encontre entre os mundanos inimigos de teu Filho, senão entre os que professam docilmente sua doutrina e a reflita em seus costumes verdadeiramente cristãs, para que seja também daqueles a quem Ele será ressurreição e vida.


3º Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando o soberbo e ambicioso Herodes quis dar morte a teu Filho, que vinha a dar-nos vida, livrai-me de toda ambição e soberba e, em vez desalojar de meu lado a teu Filho, Ele chame a mim, e, deponha todos os meus interesses, Ele venha a reinar sobre mim, sendo eu seu vassalo fiel e obediente, para reinar com Ele na glória.

4º Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes quando perdeste a teu Filho em Jerusalém e estiveste três dias buscando-o, vos suplico que nunca eu o perca pelo pecado e que, se o perco, o busque com arrependimento, e buscando-o, o ache com a sincera confissão no templo e o conserve com a verdadeira religião.


5º Dia - Novena de Nossa Senhora das Dores

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando pelo vale da amargura acompanhaste a teu Filho até o Calvário, fazei que eu também o acompanhe, levando a cruz que sua providencia me tem dado, com humilde paciência e digna constância, sofrendo bem todas as moléstias que venham de meus próximos.


6º Dia - Novena de Nossa Senhora das Dores

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que tiveste quando viste a Jesus cravado na cruz, concedei-me que eu me aproveite dos frutos de sua Paixão, que seja um cristão verdadeiro, crucificado com Cristo, e que considere como uma honra o padecer e sofrer algo por ser cristão e praticar as virtudes cristãs.

7º Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor que sofrestes ao receber a teu Filho morto e baixado da cruz, vos suplico me alcances o perdão de minhas culpas, que foram a causa de sua morte, e que suas feridas se gravem profundamente em minha memória e meu coração, como testemunho de seu amor, para que o ame até a morte.

8º Dia

Oh! Virgem dolorosa, pela dor com que acompanhaste a teu Filho a sepultura e ali o deixastes sepultado, concedei-me que eu morra com os auxílios da Religião e seja sepultado entre os fiéis cristãos com Cristo, para que, no dia do juízo, mereça ressuscitar com os verdadeiros cristãos e ser levado a direita de Cristo.


9º Dia
Oh! Virgem dolorosa, Concedei-me que assim como Vós, por tuas dores, recebes grande glória no céu e triunfas ali como rainha gloriosa dos mártires, assim eu também, depois de uma vida mortificada com Cristo, mereça viver eternamente na glória, com Cristo.
Concedei-me, Oh! rainha dos mártires, viver na cruz com paciência, morrer na cruz com esperança e reinar pela cruz com glória. 

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