segunda-feira, 31 de março de 2014

A Cruz, o Padre e a Missa




Pe. Gaspar S. C. Pelegrini*

“Não separe o homem o que Deus uniu”. (Mc 10, 9)

A Cruz, o Padre e a Missa são três mistérios inseparáveis. Estes três mistérios estão intimamente unidos, tão unidos que podemos acomodar a eles a palavra da Escritura : “Não separe o homem o que Deus uniu”. (Mc 10, 9)

Falemos de cada um deles

A Cruz

Diz o livro da Imitação de Cristo: “In Cruce Salus”, “na Cruz está a salvação.” Sim, porque na Cruz está Jesus, nossa Salvação.
Não devemos nos fazer ilusões, temos necessidade da Cruz. Fora da Cruz não há salvação. In Cruce Salus.

Mas em qual cruz está a salvação?

Vamos ao Calvário. Lá encontraremos três cruzes, três modos de encarar e viver o sofrimento:
- A Cruz do Inocente que sofre pelos pecadores: Jesus.
- A cruz do penitente que sofre resignado em expiação de seus próprios pecados: o Bom Ladrão.
- A cruz do revoltado contra Deus, contra o sofrimento: o mau ladrão.
A salvação não está na revolta do mau ladrão, mas sim na paciência de Jesus e na resignação do Bom Ladrão. A salvação está na Cruz de Jesus como fonte, como causa, como modelo de nossa Salvação; na do Bom ladrão como meio.
Assim também para nós:
Da Cruz de Jesus nos vêm todas as graças de que precisamos para nos salvar, e é também para nós um modelo de como temos que enfrentar os sofrimentos.
A nossa cruz (como a do Bom Ladrão) é um meio para chegarmos ao céu.
Todos nós temos que sofrer, o importante é saber sofrer. Soframos como o bom ladrão. Aceitemos as cruzes que Deus nos enviar.
Que jamais imitemos o mau ladrão no sofrimento.

O Padre

Podemos resumir o que é o padre nas palavras – ousadas - de S. João Maria Vianney: “Depois de Deus, o sacerdote é tudo.”
Tudo. Saibamos dar valor ao sacerdote. O padre dá sua vida por nós. Deixa de constituir uma família, para se consagrar inteiramente a Deus e às almas.
O sacerdote continua nesta terra a missão do próprio Jesus.
Agradeçamos a N. Senhor pelos padres que Ele já nos deu e peçamos-lhe que nos envie mais vocações.
Dizia também S. João Maria Vianney: “Quando se quer destruir a Religião, começa-se por destruir o Sacerdote.”
Isso explica a resistência que às vezes o sacerdote encontra em seu ministério e o porquê de tantos ataques contra o sacerdócio.

A Missa

Que seria o mundo sem a Santa Missa!?
Na Missa, é o próprio Jesus que pede por nós.
É através da Santa Missa que as graças descem do céu à terra.
A Missa é a renovação do Sacrifício do Calvário. E, às vezes, pelo nosso modo de participar da Missa, nós nos encarregamos de tornar mais literal, (digamos assim) esta renovação.

Três grupos de pessoas na Primeira Missa:
- Os piedosos com Nossa Senhora, Santa Madalena, S. João, as Santas mulheres.
- Os irreverentes, e até inimigos da Cruz de Cristo, como aqueles judeus que estavam no Calvário, que gritavam, faziam zombarias, insultavam a Jesus.
- Os curiosos, aqueles que estavam lá no Calvário só para ver o que ia acontecer, ou como tudo iria terminar, talvez até com o intuito de presenciar algum milagre retumbante.

Assim acontece muitas vezes nas Missas. Estão aqueles que chegam a ser irreverentes no modo como se comportam durante a Santa Missa e como tratam o Santíssimo. Aqui entram também os que voluntariamente se aproximam da Sagrada Comunhão sabendo que não estão no estado de graça, os que estão na Santa Missa e continuam alimentando em seu coração o apego ao pecado, os que não querem mudar de vida. Como disse o Papa Francisco, os corruptos.
Há também nas nossas Missas os curiosos . Vão à Missa para ver quem foi, para se encontrarem com os amigos, etc.
Mas há também os piedosos, os que participam da Santa Missa imitando os sentimentos do Coração de Jesus, de Nossa Senhora ao pé da Cruz, dos santos.

Sejamos deste grupo. Saibamos dar valor à Santa Missa, participando dela sempre que pudermos.

A união destes três mistérios: Cruz, Padre, Missa

Como vimos acima, “na Cruz está a salvação,” porque na Cruz está Jesus, nossa Salvação.
E como a Santa Missa não é outra coisa que a renovação do Sacrifício da Cruz, também da Missa podemos dizer: “In Missa salus”, na Santa Missa está a Salvação.
E o Sacerdote é ordenado sobretudo para a Santa Missa, portanto, para renovar o sacrifício da Cruz, é ordenado então para a Cruz. Logo também do padre podemos dizer: “In sacerdote salus”, no sacerdote está a salvação.
Nós não podemos de modo algum separar estes três mistérios, pois, se o fizermos, eles perdem sua razão de ser:

Nós não podemos separar a Missa da Cruz.
Se tirarmos da Santa Missa tudo o que se refere ao Calvário, portanto ao Sacrifício de Cristo, vamos esvaziar a Missa. Ela então se tornaria se torna uma mera lembrança de algo que já passou, ou se uma simples reunião dos fiéis, ou uma espécie de ceia. Por isto, não separemos o que Deus uniu. Renovemos sempre nossa fé no Sacrifício do altar, tenhamos sempre presente sua união inseparável com a Cruz.

Não podemos separar o Padre da Cruz.
A mãe de São João Bosco disse para ele no dia de sua ordenação que “começar a dizer Missa é começar a sofrer”.
Não que ser padre seja um sofrimento para a pessoa, mas que, como o padre é discípulo e ministro de Cristo, ele precisa se unir ao Seu Mestre e Senhor na Redenção da humanidade, aceitando de bom grado os sacrifícios que Deus pedir dele. Por isso o ministério sacerdotal é sempre marcado pela cruz. E um padre sem a Cruz é um soldado sem armas, é uma incoerência, quase que uma deformidade da natureza. A vida do padre deve girar em torno da Cruz. Todos os gestos litúrgicos que o padre realiza são acompanhados do sinal da cruz. A Liturgia muitas vezes manda que o padre beije a cruz, abençoe com a cruz, se benza com a cruz, etc. A sua própria vida não tem sentido sem a Cruz.

Não podemos, em fim, separar o Padre da Missa.
O Padre não é ordenado primeiramente para ser cantor, ser um homem da mídia, para ser um excelente administrador, um professor, etc. Existe uma relação inseparável entre o Padre e a Missa. Portanto ela está no essencial da vida do padre. Não pode, pois, ficar relegada a uma mera obrigação, ou ser considerada um incômodo no dia do padre. Tudo o que sacerdote faz, ou é uma preparação, ou uma consequência de sua Missa.
A Missa não é uma das atividades do padre, é a principal finalidade de seu sacerdócio.

Conclusão

Amemos a Santa Missa.
Saibamos dar valor ao Sacerdote. Agradeçamos a Deus pelos padres que ele já nos concedeu e peçamos a Nosso Senhor que nos envie muitas vocações, vocações em número proporcionado às nossas necessidades.
Enfim, saibamos levar a cruz, como o bom Ladrão. Com paciência, com resignação, como propiciação pelos nossos pecados.
Não separemos o que Deus uniu. Lembremo-nos sempre: na cruz está a Salvação. Se quisermos, pois, salvar nossa alma, abracemos a Cruz. Para que na hora de nossa morte, Jesus possa nos dizer o mesmo que ele disse ao Bom Ladrão: “Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no paraíso.”

* Reitor do Seminário da Imaculada Conceição da Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney - Campos dos Goytacazes - RJ – Brasil

Fonte: Aqui

terça-feira, 25 de março de 2014

O soldado convertido por Nossa Senhora



Há uma sequência de cenas no filme A Paixão de Cristo onde podemos ver belamente o início da conversão de um soldado após assistir o sofrimento de Nossa Senhora junto ao seu Filho no caminho para o Calvário, e nesta postagem tentaremos elencar as cenas junto com uma reflexão a respeito sobre como toda conversão começa através da intercessão de Nossa Senhora.

Como se sabe, o diretor Mel Gibson baseou-se muito nas revelações particulares feitas a Beata Anna Catarina Emmerich [1] para montar as cenas do filme, no qual foram reveladas a ela realidades da Paixão de Nosso Senhor, digo que li apenas alguns pequenos trechos dos relatos dela, e não sabemos – mesmo que por revelação particular - se esta sequência aconteceu realmente, mas creio que ela foi pelo menos pensada pelo diretor do filme para que tivesse esse efeito.

Então, é uma sequência de 3 cenas cheias de significado, e envolve o encontro de Nossa Senhora e um soldado romano, que no filme é chamado no pelo nome de Cassius, e que vemos no fim ser aquele que perfurará com uma lança o lado de Nosso Senhor, e se converterá depois de ver jorrar sangue e água do corpo de Cristo, no filme não há a pronúncia dos tais dizeres mas ligando a cena aos relatos das Sagradas Escrituras sabemos que é aquele soldado que diz: “Verdadeiramente este Homem era Filho de Deus” (cf. Mt 27,54). Nos relatos da Beata Anna Catarina Emmerich ele é chamado de Cassius,  mas a tradição costumou-o chamar de Longino ou Longinus (Nome derivado do grego “longche” que significa "uma lança"), daí derivou-se que seu nome chegasse até nós na sua “versão portuguesa” como São Longuinho. [2]

Prosseguindo, o primeiro encontro entre o soldado Cassius e Nossa Senhora se dá durante a Via Dolorosa de Nosso Senhor, (vamos chamá-lo aqui de Cassius para um melhor entendimento), Nossa Senhora encontra Jesus e depois de um curto tempo juntos os soldados vêm e os separam e fazem com que Jesus siga o caminho, então Cassius olha de um modo estupefato e muito assustado para aquela cena, e em seguida pergunta a outro soldado:
-- Quem é Ela? O soldado responde:
-- É a Mãe do Galileu.
A cena prossegue e o olhar estupefato de Cassius continua, como se lêssemos aquela pergunta ressoando em sua mente: -- Quem é Ela? Quem é Esta Mulher?



Não há como não pensar na passagem dos Cânticos dos Cânticos que sempre é atribuída profeticamente a Nossa Senhora: “Quem é Esta que surge como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como um exército em ordem de batalha...?” (Ct 6,10), num instante o soldado que pertencia ao exército mais poderoso do mundo se vê pequeno e fraco perto da magnitude daquela cena, do amor tão grande daquela Mãe pelo Filho, e do Filho pela Mãe, e deve ter começado a se perguntar? “O que há de tão grande neste Galileu? Quem é Este?”

As cenas se desenrolam e há um novo encontro, agora já aos pés da Cruz, Nossa Senhora acompanhada de São João e Santa Maria Madalena se aproximam de Nosso Senhor, é o momento onde Jesus deixaria Nossa Senhora como Mãe de todos nós na pessoa de São João, e parece que Cassius tem a função de guardar o local para que ninguém se aproximasse da Cruz. Então os 3 se aproximam e Cassius entra na frente, como que para impedir, mas visivelmente com o corpo estremecido, com um olhar confuso, e por dentro com o coração já tocado pela piedade de ver a dor e o amor de Mãe e Filho, deixa-os passar... E deve ter-se perguntado: Quem é Esta que tem força para ficar de pé vendo tamanha dor de um filho? Quem é Este Homem?”



O terceiro encontro com Nossa Senhora é novamente aos pés da Cruz, tudo já está consumado, Nosso Senhor está morto, e logo em seguida acontece um terremoto e os soldados romanos correm assustados e sem rumo, começam a quebrar as pernas dos outros crucificados para morram mais rápido, é entregue um pedaço de madeira a Cassius para que quebre as pernas de Jesus, ele olha para Nossa Senhora antes, e não tem coragem de fazê-lo, e dá um grande grito: “Mortus est...” Está morto!! O seu oficial superior então lhe entrega uma lança e diz:
--“Certifique-se!!”

Cassius olha novamente para Nossa Senhora, tremendo, quase desiste, mas o faz, insere a lança no corpo de Nosso Senhor. Então jorra sangue e água do Corpo de Jesus e Cassius caiu de joelhos, neste momento nasce para a fé...

Provavelmente ele já tinha ouvido falar de um tal profeta da Galiléia que fazia milagres, arrebanhava multidões de discípulos e que se dizia o Filho de Deus, e mesmo sendo pagão deve ter ficado admirado com isto tudo, ainda mais quando se viu ajudando a conduzir tal Galileu ao Calvário, ao ver sua Mãe Santíssima o acompanhando, quantas vezes deve ter se perguntado: “Quem é verdadeiramente Este Homem?” E neste momento, ao jorrar do sangue e da água sua pergunta tem resposta, e vinda de dentro, uma profissão de fé: “Verdadeiramente, este Homem era o Filho de Deus!” 



No fim vemos Cassius entre aqueles que ajudam a descer Nosso Senhor da Cruz e colocá-lo nos braços de sua Mãe, ali já o vemos como um discípulo, pois ser discípulo é retribuir o amor com o qual Deus nos ama, mesmo de que maneira infinitamente menor, nos arrependendo de nossos erros, com contrição, pois eles ferem Nosso Senhor, nos retificando e buscando dar o máximo de nossas forças por Deus a cada momento, e foi esta a ação de Cassius naquela hora, arrependido de suas ofensas fez o que podia e devia naquele momento, ele quis participar da Cruz, e assim devemos ser todos nós.

O que podemos perceber nesta reflexão é que sabemos que a conversão é um caminho para toda a vida, todos os dias, a luta pela conversão deve ser diária, mas há aqueles momentos especiais na vida onde Deus nos chama a passos maiores, toda conversão é um chamado divino que nós devemos responder, pois Deus quer a nossa felicidade, a felicidade neste mundo que é sofrer com paciência os revezes e esperar somente a Paz que vem de Nosso Senhor, e a felicidade eterna ao lado Dele na Glória, e Deus usa vários meios para isto, para nos chamar e levar-nos até Ele, e o mais belo, eficaz e santo é o caminho que passa por sua Mãe Santíssima, como dizia São Bernardo [3] “Ela é a Raptora de Corações”, toda conversão começa com Ela e tem o seu fim em Nosso Senhor, e foi o que vimos no desenrolar dessas cenas, o soldado que se admirou da magnanimidade de Nossa Senhora terminou professando a fé na divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Este filme dispensa recomendações, mas aconselho depois desta leitura a assisti-lo novamente, e agora com um olhar mais atento a estes detalhes descritos acima, e vê-lo com o espírito de oração, e com certeza Nosso Senhor nos inspirará a que vejamos ainda mais belos detalhes neste filme.

Suplicamos a Nossa Mãe Santíssima, a Raptora de Corações, que sempre nos dê a força para perseverar em nossa vida de fé, na nossa conversão diária, que nos dê esperança no nosso caminhar, e principalmente um amor cada vez maior a Nosso Senhor Jesus.

Tiago Martins

Referências:

[1] Saiba mais sobre a história da Beata Anna Catarina Emmerich acessando estes links:Anna Catharina Emmerich, que teve a vida unida a Jesus Eucaristia, beatificada.”

Relatos da Paixão por Beata Anna Catarina Emmerich


[2] Leia mais a respeito acessando este link: São Longuinho

[3] Citado por Dom Jean-Baptiste Chautard em “A Alma de Todo Apostolado. Leia mais a respeito acessando este link: “O Apóstolo deve ter uma intensa devoção a Nossa Senhora.”

quarta-feira, 19 de março de 2014

Procuremos a intimidade com José e encontraremos Jesus

Procuremos a intimidade com José e encontraremos Jesus



Tens de amar muito São José, amá-lo com toda a tua alma, porque é a pessoa que, com Jesus, mais amou Santa Maria e quem mais privou com Deus: quem mais O amou, depois da nossa Mãe. - Ele merece o teu carinho, e a ti convém-te buscar o seu convívio, porque é Mestre de vida interior e pode muito diante do Senhor e diante da Mãe de Deus. (Forja, 554)

Nas coisas humanas, José foi mestre de Jesus; conviveu diariamente com Ele, com carinho delicado, e cuidou dEle com abnegação alegre. Não será esta uma boa razão para considerarmos esse varão justo, esse Santo Patriarca, em quem culmina a fé da Antiga Aliança, como mestre de vida interior? A vida interior não é outra coisa senão uma relação de amizade assídua e íntima com Cristo, para nos identificarmos com Ele. E José saberá dizer-nos muitas coisas sobre Jesus. Por isso, não abandonemos nunca a devoção que lhe dedicamos: Ite ad Ioseph, ide a José, como diz a tradição cristã, servindo-se de uma frase tirada do Antigo Testamento.

Mestre de vida interior, trabalhador empenhado no seu ofício, servidor fiel de Deus, em relação contínua com Jesus: este é José. Ite ad Ioseph. Com São José, o cristão aprende o que significa pertencer a Deus e estar plenamente entre os homens, santificando o mundo. Procuremos a intimidade com José, e encontraremos Maria, que encheu sempre de paz a amável oficina de Nazaré. (É Cristo que passa, n. 56)

A Igreja inteira reconhece em São José o seu protetor e padroeiro. Ao longo dos séculos, tem-se falado dele sublinhando diversos aspectos da sua vida, continuamente fiel à missão que Deus lhe confiou. Por isso, desde há muitos anos, agrada-me invocá-lo com este título muito íntimo: Nosso Pai e Senhor.

São José é realmente Pai e Senhor: protege e acompanha no seu caminho terreno aqueles que o veneram, como protegeu e acompanhou Jesus enquanto crescia e se tornava homem. (É Cristo que passa, n. 36)


Fonte: Aqui

quinta-feira, 13 de março de 2014

Um ano depois, quem é Francisco?



Hoje eu quero unir a minha voz à de tantas pessoas para agradecermos a Deus o primeiro ano de Pontificado do Papa Francisco.
Mas quem é Francisco?
Francisco é um dom para a Igreja hoje.
Francisco é o “resultado” da oração de milhões de católicos que há um ano pediam a Deus um novo Pontífice segundo o Coração de Cristo.


Francisco foi o consolo de Deus, depois do choque que todos nós levamos com o anúncio de que nosso sempre amado Bento XVI iria renunciar.
Francisco é a prova de que Bento XVI agiu impulsionado por Deus quando decidiu renunciar. Bento hoje vive tranquilo, pois vê que a Igreja continua em boas mãos.
Francisco é o Papa que fala mais com gestos que com palavras.
Francisco é uma pregação constante, que nos lembra que muitas vezes nos perdemos em coisas supérfluas.
Francisco é sinônimo de sair de si mesmo, de ir ao encontro do outro, de ir às periferias existenciais. 

Francisco é sinônimo de alegria do Evangelho, vivido com radicalidade, pregado com clareza e profundidade.
Francisco é Pastor supremo de uma Igreja de portas abertas, com confessionários funcionando, de uma Igreja que é mãe e não uma alfândega de Sacramentos.
Francisco é um antídoto contra o pessimismo, o derrotismo, as quaresmas sem páscoa, as caras de vinagre...
Francisco é um chicote contra as fofocas, os maus juízos, o carreirismo, o exibicionismo.

Francisco quer padres pastores, não funcionários. 
Francisco quer padres misericordiosos, não rigoristas nem laxistas.
Francisco é um eco de misericórdia, de compaixão, de bondade.
Francisco é um brado contra o mundanismo, fora e dentro da Igreja.
Francisco é um açoite contra a idolatria do dinheiro e do poder.
Francisco se incomoda e se sente ofendido quando o apresentam ideologizado, deturpado.

Francisco é o rosto que Cristo quer hoje para a Sua Igreja.
Francisco, enfim, é a imagem de Cristo, Bom Pastor, que nos ama, nos conhece, e dá, aos poucos , sua vida por nós.
Por isso, hoje nós dizemos: Senhor, obrigado por tudo que nos destes, quando nos destes Francisco.

*Reitor do Seminário da Imaculada Conceição da Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney - Campos dos Goytacazes - RJ


Fonte: Clique aqui
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