sexta-feira, 17 de maio de 2013

Conselhos sobre humildade



l Quando ouvires os aplausos do triunfo, que ressoem também aos teus ouvidos os risos que provocaste com teus fracassos.

l Não queiras ser como aquele cata-vento dourado do grande edifício; por muito que brilhe e por mais alto que esteja, não conta para a solidez da obra.
            -- Oxalá sejas como um velho silhar, oculto nos alicerces, debaixo da terra, onde ninguém te veja; por ti não desabará a casa.

l Quanto mais me exaltarem, meu Jesus, humilha-me mais em meu coração, fazendo-me saber o que tenho sido e o que serei, se Tu me abandonares.

l Não esqueças que és... a lata do lixo. – Por isso, se porventura o Jardineiro Divino lança mão de ti, e te esfrega e te limpa... e te enche de magníficas flores..., nem o aroma nem a cor que embelezam a tua fealdade devem envaidecer-te.
-- Humilha-te; não sabes que és o caixote de lixo?

l Quando te vires como és, há de parecer-te natural que te desprezem.

l Não és humilde quando te humilhas, mas quando te humilhem e o aceitas por Cristo.

l Se te conhecesses, alegrar-te-ias com o desprezo, e choraria teu coração ante a exaltação e o louvor.

l Não te aflijas por verem tuas faltas. A ofensa a Deus e a desedificação que podes ocasionar, isso é o que te deve afligir.
            -- De resto, que saibam como és e te desprezem. – Não tenhas pena de ser nada, por que assim Jesus tem que pôr tudo em ti.

l Se agisses de acordo com os impulsos que sentes em teu coração e os que a razão te dita, estarias continuamente com a boca por terra, em prostração, como um verme sujo, feio e desprezível... diante desse Deus! Que tanto vai te suportando.

l Como é grande o valor da humildade – “Quia respexit humilitatem...” Acima da fé, da caridade, da pureza imaculada, reza o hino jubiloso de nossa Mãe em casa de Zacarias:
            “Porque Ele olhou a humildade da sua serva, eis que desde agora me chamarão bem-aventurada todas as gerações...”

lÉs pó sujo e caído. – Ainda que o sopro do Espírito Santo te levante sobre todas as coisas da terra e te faça brilhar como ouro, ao refletires nas alturas, como a tua miséria, os raios soberanos do Sol da Justiça, não esqueças a pobreza da tua condição.
            Um instante de soberba te faria voltar ao chão, e deixarias de ser luz para ser lodo.

l Tu?... Soberba? – De quê?

l Soberba? – Por quê? ... Dentro de pouco tempo – anos, dias -, serás um monte de podridão hedionda: vermes, humores fétidos, trapos sujos da montanha..., e ninguém na terra se lembrará de ti.

l Tu, sábio, afamado, eloqüente, poderoso: se não fores humilde, nada vales.
            -- Corta, arranca esse “eu” que tens em grau superlativo – Deus te ajudará -, e então poderás começar a trabalhar por Cristo, no último lugar do seu exército dos apóstolos.

l Essa falsa humildade é comodismo; assim, tão “humildezinho”, vai abrindo mão de direitos... que são deveres.

l Reconhece humildemente a tua fraqueza, para poderes dizer com o Apóstolo: “Cum enim infirmor, tunc potens sum” – porque, quando sou fraco, então sou forte.

l Padre: como pode suportar todo este lixo?, disseste-me, depois de uma confissão contrita.
-- Calei-me, pensando que, se a tua humildade te leva a sentir-se assim – como lixo, montão de lixo! -, ainda podermos fazer algo de grande de toda a tua miséria.

l Olha como é humilde o nosso Jesus: um burrico foi o seu trono em Jerusalém!...

l A humildade é outro bom caminho para chegar à paz interior. – Foi “Ele” que disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração..., e encontrareis paz para as vossas almas.”

l Não é falta de humildade reconheceres o progresso da tua alma. – Assim podes agradecê-lo a Deus.
            -- Mas não te esqueças de que és um pobrezinho, que veste um bom terno... emprestado.

l O conhecimento próprio leva-nos como pela mão à humildade.

l A tua firmeza em defender o espírito e as normas do apostolado em que trabalhas não fraquejar por falsa humildade. – Essa firmeza não é soberba; é a  virtude cardeal da fortaleza.

l Foi por soberba: já te ias julgando capaz de tudo, tu sozinho. – O Senhor te largou por um instante, e caíste de cabeça. – Sê humilde, e o seu apoio extraordinário não te há de faltar.

l Bem podias repelir esses pensamentos de orgulho; afinal, és como o pincel nas mãos do artista. – E nada mais.
            -- Diz-me para que serve um pincel, se não deixa trabalhar o pintor.

l Para que sejas humilde, tu, tão vazio e tão satisfeito de ti mesmo, basta-te considerar aquelas palavras de Isaías: és “gota de água ou de orvalho que cai na terra e mal se deixa ver.”

São Josemaria Escrivá - Caminho, pontos nº 589 a 613, Ed.Quadrante, São Paulo, SP. 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Viva a Virgem de Fátima!!!

A 13 de Maio na Cova da Iria no Céu aparece a Virgem Maria!
Ave, ave, ave Maria! Ave, ave, ave Maria!

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Como encontrar a pessoa certa – 2ª Parte


por Pe. Thomas Morrow

Luzes Vermelhas e sinais de alarme
Ele/ela tem algum vício importante, como consumir drogas ou traficar com elas, ser um alcoólatra recuperado ou um jogador compulsivo? Qualquer desses vícios deveria fazer com que se acendesse imediatamente uma luz vermelha. Casar-se com uma pessoa assim equivale a um convite ao desastre. Se você costuma sentir-se atraído por este tipo de gente, peça ajuda imediatamente!
            Um dia, veio consultar-me uma jovem cujo namorado consumia e até vendia drogas. Disse-lhe: -- “Livre-se dele hoje mesmo! É um problema!”
            -- “Mas eu o amo!”, insistia ela.
            -- “O amor não vencerá o hábito da droga. Não faça de si uma infeliz por anos em troca de um sentimento momentâneo”.
            Outra jovem perguntou-me se devia continuar o seu namoro: -- “Ele reza o terço e costuma ir à Missa durante a semana, mas, bem, tenta praticar comigo uma relação sexual pervertida”.  
-- “Fuja para os montes”, disse-lhe. “Esse rapaz é um tremendo hipócrita”. (Precisava mesmo de que eu lhe dissesse isso?!).
            Outro perigo: ele/ela tem uns acessos de cólera intempestivos? A cólera é um veneno para o matrimônio. Se algum dos futuros cônjuges se mostra irritado durante grande parte do tempo, deve resolver essa falha antes do casamento, com uma terapia adequada.
            Um homem contou-me que certa vez a sua esposa se tinha aborrecido com ele e passara duas semanas sem falar-lhe. Um comportamento verdadeiramente infantil! Quando você se aborrece com a pessoa amada, precisa de algum tempo para acalmar-se, mas depois deve ser capaz de falar. Usar o silêncio como arma é um completo disparate.
            À pessoa que diz: -- “Mas eu posso mudá-lo (ou mudá-la)”, digo-lhe; - “Opte pela vida de convento, porque aí poderá reformar as pessoas sem ter que viver com elas”... Um reformador – dizia Gandhi – não pode permitir-se ter uma grande intimidade com a pessoa que se propõe reformar.

Não ter impedimentos para contrair matrimônio
            Outro aspecto em que se deve ser muito cuidadoso é o de ter certeza de que a pessoa está livre para contrair matrimônio. Se você descobre que essa pessoa esteve casada, a primeira coisa que tem que fazer é perguntar-lhe se já obteve a sentença de nulidade. Se o casamento anterior se deu à margem da Igreja, sendo ambos católicos – ou algum deles --, esse casamento não foi válido: conseguir a declaração de nulidade é pouco mais que uma formalidade. Mas se foi celebrado na presença de um sacerdote, na Igreja, é necessária uma sentença de nulidade antes de se contrair um novo. [1]
            Que acontece se você pergunta à pessoa pela sentença de nulidade e a resposta é que não a tem? Recomendo-lhe que diga simplesmente: -- “Se você conseguir a sentença de nulidade, peço-lhe que me avise e, nesse caso, se quiser, poderemos reatar nossa relação”. Acontece que há pessoas que não pretendem conseguir a declaração de nulidade, mas desejam manter o namoro. Essas pessoas não deveriam namorar ninguém.
            Há casos em que não se trata de namorar, mas de saírem juntos, sem a intenção de contrair um novo casamento. A uma mulher que saía com um divorciado havia anos, sendo ambos católicos, perguntei-lhe se ele pensava na nulidade, e disse-me que não. Pedi-lhe que insistisse com ele para que o fizesse, mas ela tinha medo. Quando a vi uns anos depois, perguntei-lhe se tinham conseguido a sentença de nulidade. A resposta continuou a ser não. Disse-lhe: -- “Essa pessoa nunca se casará com você”. Recebeu mal o meu comentário, mas o caso não oferecia dúvidas. Tratava-se de um homem que aparentemente a amava, mas não queria casar-se com ela. É claro que nunca se casaram.
            Lembre-se também de que nem todos os que solicitam a declaração de nulidade a obtêm. Não está garantida. É pouco aconselhável comprometer-se com alguém que se limitou a solicitá-la. Espere até que a tenha em mãos antes de iniciar o namoro.
            Há pessoas divorciadas cujo cônjuge anterior se portou mal, não elas. Mas há outras que são responsáveis pelo seu divórcio, ainda que jamais o admitam. Você deve ser extremamente cauteloso e estudar bem o caráter da pessoa divorciada. Não basta a opinião dela, que costuma estar carregada de subjetivismo. Já a declaração de nulidade é mais objetiva e também por isso convém esperar pela respectiva sentença. Evite, portanto, envolver-se romanticamente com alguém que ainda não a conseguiu. Sem ela, não há relação: é uma boa regra a seguir. Os que são amavelmente firmes neste sentido evitam problemas e perdas de tempo.

Relações ora quentes, ora frias
Dão mau fruto as relações ora quentes, ora frias, quer dizer, maravilhosas um dia e no dia seguinte péssimas. Há pessoas tão agarradas ao sentimento do amor que são incapazes de romper com a relação, ainda que o parceiro seja um canalha: -- “Não posso viver com ele, mas também não consigo viver sem ele (ou ela)”. Se os seus sentimentos são esses, deve encontrar o modo de pôr fim a essa relação. É uma armadilha.
            Uma moça vinha saindo com um homem que tinha tudo para ser considerado um mau companheiro. Fazia-a chorar continuamente, manipulava-a e tinham umas discussões tremendas. Ela rompia com ele uma vez e outra, mas acabava por reatar a relação. Perguntei-lhe se tinha algum passatempo na sua vida.
            -- “Só o Martinho”, respondeu-me
            -- “Não me estranha que não consiga romper com ele – disse-lhe --. Depois de umas semanas você fica entediada e telefona-lhe. Tem de sair e fazer algo entretido pelo menos uma vez por semana”.
            -- “Mas eu trabalho o tempo todo”.
            -- “Poderia procurar outro trabalho”, sugeri.
            Assim o fez. E pouco tempo depois rompeu com o Martinho.


Casar-se com quem vai ser sua melhor amiga
            A pessoa com quem você se case deve ser a sua melhor amiga. Isto é fundamental. Após uns anos de casados, a beleza física desaparece, mas a amizade perdura. A amizade baseia-se em compartilhar valores e pontos de vista. Será que vocês compartilham as mesmas crenças religiosas, os mesmos critérios morais, alguns interesses recreativos e intelectuais, pela arte, pela leitura, etc.? É possível aprender a compartilhar os interesses do outro em alguns aspectos, mas convém partir de uma boa base desde o princípio.
            Há alguns anos, os amigos de uns noivos duvidavam que este casamento durasse. No entanto, as coisas foram melhorando de ano para ano. Um amigo perguntou-lhes qual era o segredo. O marido atribuía-o aos presentes de aniversário. Antes de casar-se, tinha sido um entusiasta da fotografia, mas abandonara o hobby ao ver o desinteresse da esposa. No primeiro aniversário de casamento, ela o presenteou com uma câmera. Tiraram juntos algumas fotografias e depois revelaram. Ela sussurrou-lhe: “Este é o meu presente de aniversário, querido”. Tinha estudado fotografia sem que ele soubesse.
            No ano seguinte, ele matriculou-se numas aulas de dança, e, enquanto dançavam uma valsa em comemoração da data do casamento, disse à esposa: “Este é o meu presente de aniversário, querida”. Desde então, cada ano faziam presentes parecidos um ao outro, consolidando cada vez mais a amizade. E também o casamento.

A química tem a sua importância
            -- “Horácio é perfeito em todos os sentidos, mas depois de dois anos de namoro noto que nos falta “química”. Se você pensa assim, as perspectivas de que venham a casar-se não são boas. Não é preciso que sinta arroubos ou formigamentos sempre que vê a pessoa, mas deveria sentir-se atraído, e não frio.
            Por outro lado, será que é importante estar tão enamorado que lhe custe muito separar-se por uns dias ou uns quilômetros? Não demasiado. E não é sintoma de que falte “química”.
            Aliás, se na vida passada você esteve enamorado (a) de alguém mais intensamente, não quer dizer que a pessoa a quem ama agora não seja adequada. Não é necessário que sinta um arrebatamento sublime cada vez que a encontra. Sem dúvida, o amor passional tem sido exaltado na nossa cultura, especialmente através dos filmes, mas não é o único que importa. No entanto, quando existe uma autêntica atração pela outra pessoa, isso ajuda.

É verdade que a aparência é importante?
            Que acontece com as mulheres deslumbrantes ou com os homens elegantes? As mulheres vistosas correm o risco de não dar valor a um relacionamento honesto e decente. E um homem elegante, se for demasiado consciente disso, enfrenta um forte risco de cair na vaidade. Será modesto, capaz de passar despercebido? (A humildade é um ingrediente indispensável para crescer na vida cristã). Ou é arrogante e procura chamar a atenção. Os homens discretos costumam ser bons maridos e bons pais.

A independência em relação aos pais
            Há anos, um casal de namorados veio pedir-me conselho sobre sua relação. Ela tinha seis anos mais que ele e isso os preocupava. Assegurei-lhes que a diferença de idade não era um obstáculo em si mesmo. O verdadeiro problema estava nos pais do rapaz, que não queriam ver falar do casamento do filho com uma mulher mais velha. Além disso, ele também temia ser rejeitado pelos pais dela. Disse-lhe que tinha de armar-se de coragem para dizer cortesmente aos pais que agradecia a preocupação pelo seu futuro, mas que era quem tinha que tomar as decisões. Se o rejeitassem por isso, estariam no seu direito, mas que ele esperava que não o fizessem, porque ia dar o passo que achava certo.

[1] Um não-católico pode conseguir a sentença de nulidade na Igreja Católica se ela/ele quiser casar-se com um (a) católico (a).


Pe. Thomas Morrow – “Namoro Cristão em um mundo supersexualizado” – Ed. Quadrante, São Paulo-SP
Transcrição: Blog Mater Dei

Leia a primeira parte deste artigo clicando neste link: “Como encontrar a pessoa certa”

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Como encontrar a pessoa certa


por Pe. Thomas Morrow

Na sua maioria, os jovens procuram alguém que os atraia, com quem possam iniciar uma relação e – se não surgem grandes crises ao longo do caminho, ou mesmo que surjam – cheguem ao casamento. Uma vez casados, só resta esperar que o matrimônio dê certo.
            Mas há uma via melhor: começar por definir bem o que se procura e depois pôr-se a caminho.

Pense na sua salvação
            Essa pessoa que quero escolher ajudar-me-á a alcançar o Reino de Deus? Esta é a primeira indagação que se deve fazer. Para qualquer católico, o primeiro objetivo antes de iniciar qualquer tarefa deveria ser a própria salvação.
            Que tipo de pessoa ajudará você a salvar-se? Pelo que tenho observado, a melhor escolha nos dias que correm é, sem dúvida, a de uma católica firmemente praticante. Por quê? Porque o ambiente de hoje é de uma verdadeira crise moral. Olhemos com objetividade para os obstáculos que os jovens enfrentam atualmente; clima favorável ás relações sexuais durante o namoro; aborto e anticoncepção (muitos anticoncepcionais são abortivos); um só filho ou, quando muito, dois (os bons católicos tendem a superar a taxa média); desleixo ou indiferença quanto ao culto dominical; adiamento do batismo dos filhos e da educação na fé; escolarização sem dar preferência a uma escola católica de bom nível, etc. E a lista parece crescer de dia para dia.

            Você vai compartilhar intimamente a sua vida com a pessoa com quem vai se casar. Ninguém na terra estará mais perto de você, nem seu pai nem a sua mãe (cfr. Gên 2, 24.) Deseja realmente passar grande parte do tempo da sua vida casado discutindo sobre a anticoncepção ou a assistência à Missa dominical? Não preferirá contar com alguém que apóie em vez de brigar com você? Já é bastante difícil que cada qual se salve, e ainda por cima arrastar pela vida fora um cônjuge descontente?
            Mas não é possível relacionar-se com uma pessoa não católica? Claro que é. Agora, se esses temas morais costumam ser difíceis para católicos, quanto mais entre os não católicos! De qualquer modo, a questão resume-se em averiguar se a pessoa que você procura está aberta aos critérios morais da Igreja. E ainda que seja mais difícil, pode perfeitamente acontecer que encontre uma pessoa piedosa de religião protestante que entenda a bondade da fé católica.

            Que acontece se você encontra uma pessoa católica não praticante que parece encantadora? A minha opinião tem sido sempre a mesma: se durante os seis primeiros meses de namoro essas pessoas não passam a praticar sinceramente, é provável que nunca aceitem Cristo ou a Igreja.
            Mas a responsabilidade não é algo pessoal? Sem dúvida. Por acaso, porém, você não procura garantir todas as probabilidades de êxito quando quer ganhar uma partida de beisebol ou vai assinar um contrato? Por que atar uma mão às costas quando o que está em jogo é a sua meta definitiva, a vida eterna?
            Alguém poderia dizer-me: “Bem, padre, para o senhor é fácil dizer, mas se já é difícil encontrar alguém que me agrade, será quase impossível se acrescentar mais condições!”
            Estou de acordo que o campo é realmente reduzido. Mas lembre-se de que Deus não lhe disse: “Já lhe dei uma vocação para o matrimônio. Agora mexa-se e procure alguém por sua conta.” Deus está aí pra ajudar. Se você disser: “Senhor, procuro alguém que Vos ame, e assim poderemos alimentar-nos mutuamente com esse amor”, acha que Deus dirá: “Pois bem, boa sorte”? Penso que dirá: “Ótimo. Vou ajudá-lo a encontrar alguém”.

            E como você sabe que alguém é bom católico? O que você não deve fazer é perguntar, mas observar. Porque é fácil que uma pessoa se declare boa católica, ainda que não tenha rezado numa igreja durante anos. Comece por observar: Vai à Missa aos domingos? Confessa-se? Deseja viver a castidade, não por você, mas por Cristo? Reza habitualmente? Deseja rezar com você? Fala destes temas? (Costuma acontecer que, se alguém se nega a falar da sua vida espiritual, é porque não a tem. Se você anda pensando em casar-se com ele/ela, tem o direito de saber como se relaciona com o melhor amigo que você tem: Deus). Deseja conhecer melhor através das leituras, etc? Compreende que seguir Cristo e amar o próximo exige sacrifícios?

            À medida que o relacionamento se for desenvolvendo, surgirão oportunidades de você manifestar alguns aspectos da sua vida espiritual e ver como a pessoa responde. Se nunca obtém uma resposta, pode ser um pouco mais direto: “Quer que rezemos juntos alguma vez?” Se responde que se trata de uma questão demasiado pessoal, pode dizer-lhe que é precisamente o que você procura: uma relação pessoal. Ao fim e ao cabo, há algo mais pessoal que o matrimônio?
            Não se vendam barato. Não transijam nesta matéria nem se rendam antes de começar, como fazem muitos. Encontrar um companheiro/a assim exige esforço, mas é perfeitamente possível, como já vi tantas vezes.

A questão dos filhos
Ele/ela quer ter filhos? Quer uma família numerosa, ou deseja limitar o número por temor ou egoísmo? A Igreja louva os esposos que “de comum acordo, ponderando bem, aceitam com magnanimidade uma prole mais numerosa para educá-la dignamente”. [1]
            Essa pessoa dedicar tempo ao cuidado dos filhos? Será paciente com eles? Todo o pai ou mãe deve ser flexível e saber agachar-se ou sentar-se no chão ao lado dos filhos, entre lápis de cor e brinquedos desordenados.
            É responsável? Pode ser firme e amável ao mesmo tempo? Algumas características serão difíceis de descobrir, mas se ambos passarem algum tempo falando sobre crianças – sobrinhos, sobrinhas ou filhos de amigos -, poderão conhecer-se neste aspecto. Não é preciso que o seu futuro cônjuge seja um psicólogo especializado em crianças, mas deve interessar-se por educar.
           
Avaliar pessoa é boa comunicadora? Sabe dar-lhe a conhecer com tato o que a desgosta no seu comportamento? Se é dessas ou desses que depois dirão: “Ó seu vagabundo, você sempre deixa a roupa no chão!”, não promete uma vida conjugal muito feliz. É necessário verificar se, pelo contrário, saberá pedir deste modo: “Querido, já sabe o quanto lhe quero e como aprecio tudo o que você faz por mim. Por favor, poderia pôr a roupa suja na cesta? Assim me poupa muito trabalho”.
            A habilidade de elogiar o cônjuge quando se procura corrigi-lo dá bons frutos na vida de casados. O truque consiste em você ser capaz de fazer uma advertência de forma positiva, sem brigar. Falaremos mais sobre isto no capítulo da comunicação.

[1] Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral Gaudium et Spes, sobre a Igreja no mundo de hoje, n. 50; e Catecismo da Igreja Católica, n. 2373

Pe. Thomas Morrow – “Namoro Cristão em um mundo supersexualizado” – Ed. Quadrante, São Paulo-SP
Transcrição: Blog Mater Dei

Leia a segunda parte deste artigo clicando neste link: “Como encontrar a pessoa certa – 2ª parte”

Recomendamos muitíssimo a leitura deste livro, como você percebeu, este conteúdo foi de grande ajuda para a sua caminhada de fé, principalmente nas questões sobre namoro santo e matrimônio, você pode adquirir este livro clicando neste link: Namoro Cristão em um mundo supersexualizado.
Se este conteúdo lhe ajudou, compartilhe-o com aqueles que você quer bem, ajude outros a ver a beleza e os frutos de felicidade que nascem na vida de quem vive um autêntico namoro cristão.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A diferença entre o machista e o homem cristão



Sobre o machista:

Para mim, machista é o homem que se sente superior e vê as mulheres como meros objetos sexuais, coisas descartáveis que somente existem para satisfazê-lo. É aquela pessoa que mesmo namorando ou sendo casado, não perderá a chance de olhar com cobiça para as trinta moças bonitas que passarem em sua frente, não importando se estas são comprometidas ou não. Para ele, valores morais não importam desde que, claro, não seja ele a pessoa a ser afetada pela ausência de tais valores. Assiste pornografia e sempre irá procurar um amigo para conversar safadezas.

Se uma mulher der chance para ele? "Opa! O que cair na rede é peixe!" Isso quando não é ele mesmo a cortejar as moças, afinal está sempre na caça! E a namorada ou esposa como fica? Ah, ela não é muito importante... é apenas um objeto a quem ele pode usar "oficialmente" por alguns meses ou anos.

O machista não tem valores éticos, morais e nem personalidade. Devasso, moldará seu comportamento sempre de acordo com o que mais agradar a próxima vítima, a fim de conquistá-la. Nem sempre consegue, mas, quando obtêm êxito, não consegue manter-se no "teatro" por muito tempo e poderá escutar frases como "você não é mais a pessoa que conheci" antes dos fins de relacionamentos.

Em casos mais graves, ele sente-se no direito de espancar ou até violentar a mulher, afinal, sente-se (ou desejaria ser) o possuidor daquela pobre vítima.

Em resumo, machista é aquele homem safado que sempre irá querer USAR a mulher e dela buscará conseguir prazer, ainda que este seja somente visual. Neste sentido, defenderá com unhas e dentes o direito de ver mulheres usando roupas imodestas tais como mini-saias, biquínis, etc . ou comportando-se de forma devassa e inadequada.

É aqui onde a coisa fica séria! Porque ele NÃO DIRÁ que quer ver mulheres seminuas pelo desejo de olhar para elas e ficar imaginando safadezas; ou porque deseja conhecer as presas antes de usá-las. Não! Em tempos de valores invertidos, este tipinho irá dizer que, por "NÃO SER MACHISTA", defende que as mulheres exibam-se, comportem-se mal ou até prostituam-se (!) por prezar pela "liberdade da mulher"!

Obviamente que ele não defenderá a tal "liberdade da mulher" quando esta optar pelo recato e modéstia, pois logo a entenderá como fanática religiosa, antiquada e ultrapassada. Pior ainda: aos homens que admirarem e valorizarem tais mulheres, os chamarão de machistas!

Sim! É isso mesmo! Para esses miseráveis e também para muitas mulheres desprovidas de inteligência, machista é exatamente o homem cristão que deseja viver em uma sociedade sem devassidão; que não quer ver mulheres seminuas desfilando sua imoralidade nas praias, mas que antes busca valorizar a mulher enquanto criatura amada de Deus, templo do Espírito Santo!

(...)

Sobre o cristão autêntico:

Um homem de verdade respeita os sentimentos e sonhos da mulher; ama as qualidades intelectuais e espirituais dela; reconhece e aprecia a docilidade e autêntica feminilidade nela; e sempre enxerga além da beleza do corpo que ela possui. Entretanto, será exatamente por enxergar além do que é unicamente físico que ele não apreciará observar mulheres se expondo como se fossem carne no açougue.

Mas vejam a loucura da nossa sociedade! Tem gente encarando exatamente estes homens cristãos, que valorizam as mulheres e que não vêem nelas apenas um pedaço de carne a oferecer prazer, como sendo os machistas!

Se antes fossem uma espécie de canalhas desonestos que desejassem cobrir suas esposas com burkas e, ao mesmo tempo, valorizassem a nudez da mulher alheia, eu ficaria calado e até seria mais um a denunciar tal hipocrisia. Mas não é! Até onde eu percebo, os poucos homens que ainda se arriscam a lutar pela decência de suas namoradas, esposas e filhas, também o desejam para toda a sociedade!

(...)

Conclusão:

Em tempos de valores invertidos, loucura e cegueira espiritual, o verdadeiro machista é, muitas vezes, tido como o "herói" e defensor das mulheres devassas que, vitimizadas, fazem-se de oprimidas pelos "malvados" homens da Igreja.

Ah, não! Pior! Há, ainda, homens que se dizem católicos e que defendem e justificam a imodéstia e imoralidade de suas respectivas namoradas e esposas!

Entretanto, nem o machista e nem o mau católico servem de referência. Os exemplos a observar são sempre dos santos: que jamais apoiariam ou defenderiam a promiscuidade e imoralidade; e das santas: que jamais se sujeitariam a vestir, agir e pensar como as mulheres devassas, impuras e imodestas da nossa sociedade contemporânea.

Logicamente que por causa do pecado original, o homem passou a ter o desejo de "olhar" e a mulher de "mostrar", mas homens e mulheres verdadeiramente cristãos buscarão superar tais tendências ao pecado e saberão distinguir quem realmente defende a virtude e a dignidade humana, pois, por outro lado, abominarão o pecado e a justificação dos pecados por parte de alguns que querem manter-se em uma sociedade suja e imoral.

Fonte: Clique aqui


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quarta-feira, 1 de maio de 2013

A Virgem Maria – por São Josemaria Escrivá


Salve Maria! Neste início do mês dedicado a nossa Mãe Santíssima publicamos em sua homenagem algumas palavras ditas por um santo que sempre foi devotíssimo a Ela e que sempre expressou isso em belíssimas palavras, que é São Josemaria Escrivá, todos os apontamentos foram retirados do livro “Caminho”.  Ao terminar reze uma Ave-Maria por todos que fazem apostolado nos meios digitais.

l O amor à nossa Mãe será sopro que atinge em fogo vivo as brasas de virtude que estão ocultas sob o rescaldo da tua tibieza.

l Ama a Senhora. E Ela obterá graça abundante para venceres nesta luta cotidiana. – E de nada servirão ao maldito essas coisas perversas que sobem e sobem, fervendo dentro de ti, até quererem sufocar, com a sua podridão bem cheirosa, os grandes ideais, os mandamentos sublimes que o próprio Cristo pôs em teu coração. --"Serviam!" *

l Sê de Maria e serás nosso.

l A Jesus sempre se vai e se “volta” por Maria.

l Como gostam os homens que lhes recordem o seu parentesco com personagens da literatura, da política, do exército, da Igreja!
-- Canta diante da Virgem Imaculada, recordando-lhe:
                Ave, Maria, Filha de Deus Pai: Ave, Maria, Mãe de Deus Filho; Ave, Maria, Esposa de Deus Espírito Santo... Mais que tu, só Deus!

l Diz: -- Minha Mãe (tua, porque é seu por muitos títulos), que o teu amor me ate à Cruz de teu Filho; que não me falte a fé, nem a valentia, nem a audácia para cumprir a vontade de Jesus.

l Todos os pecados da tua vida parecem ter-se posto de pé. – Não desanimes. Pelo contrário, chama por tua Mãe, Santa Maria, com fé e abandono de criança. Ela trará o sossego à tua alma.

l Maria Santíssima, Mãe de Deus, passa despercebida, como mais uma, entre as mulheres de seu povo.
                -- Aprende Dela a viver com “naturalidade”.

l  Traz sobre o teu peito o santo Escapulário do Carmo. – Poucas devoções (há muitas e muito boas devoções marianas) estão armazenadas entre os fiéis e têm tantas bênçãos dos Pontífices. Além disso, é tão maternal este privilégio sabatino!

l  Quando te perguntarem que imagem de Nossa Senhora te dava mais devoção, e respondeste – como quem já fez bem a experiência – que todas, compreendi que eras um bom filho. Por isso te parecem bons (enamoram-me, disseste) todos os retratos da tua Mãe.

l  Maria, Mestra da oração. – Olha como pede ao Filho em Caná. E como insiste, sem desanimar, com perseverança. – E como consegue.
                -- Aprende.

l  Soledade de Maria. Só! Chora, sem amparo.
                -- Tu e eu devemos acompanhar Nossa Senhora, e chorar também; porque a Jesus O pregaram ao madeiro, com pregos, as nossas misérias.

l  A Virgem Santa Maria, Mãe do Amor Formoso, aquietará o teu coração, quando te fizer sentir que é de carne, se recorres a ela com confiança.

l  O amor à Senhora é prova de bom espírito, nas obras e nas pessoas singulares.
-- Desconfia do empreendimento que não tenha esse sinal.
l A Virgem Dolorosa... Quando a contemplares, repara em seu Coração. É uma Mãe com dois filhos, frente a frente: Ele e tu.

l Que humildade, a de minha Mãe Santa Maria! – Não a vereis entre as palmas de Jerusalém, nem – afora as primícias de Caná – à hora dos grandes milagres.
                -- Mas não foge do desprezo do Gólgota; ali está "justa crucem Jesu", junto à cruz de Jesus, a sua Mãe.

l Admira a firmeza de Santa Maria: ao pé da Cruz, com a maior dor humana – não há dor como a sua dor -, cheia de fortaleza.
                E pede-lhe dessa firmeza, para que saibas também estar junto da Cruz.

l Maria, mestra do sacrifício escondido e silencioso! Vede-as, quase sempre oculta, colaborando com o Filho: sabe e cala.

l Vedes com que simplicidade: -- " Ecce ancilla" ** -E o verbo se fez carne.
                -- Assim agiram os santos: sem espetáculo. Se houve, foi apesar deles.

l << Ne timeas, Maria!>> - Não temas, Maria!... – Turbou-se a Senhora diante do Arcanjo.
                -- E depois disso, quererei ainda desprezar esses pormenores de modéstia, que são a salvaguarda da minha pureza?!

l Ó Mãe, Mãe! Com essa tua palavra - "fiat" - nos tornaste irmãos de Deus e herdeiros da sua glória. – Benditas sejas!

l Antes, sozinho, não podias... – Agora, recorreste à Senhora, e, com Ela, que é fácil!

l Confia. – Torna. – Invoca Nossa Senhora e serás fiel.

l Sentes que, por momentos, te faltam forças? – Porque não o dizes à tua Mãe, "Consolatrix afflictorum, Auxiliium christianorum..., Spes nostra, Regina apostolorum"? ***

l Mãe! – Chama-a bem alto, bem alto. – Ela, tua Mãe Santa Maria, te escuta, te vê em perigo talvez, e te oferece, com a graça do seu Filho, o consolo do seu regaço, a ternura das suas carícias. E te encontrarás reconfortado para a nova luta.

* “Servirei.”
** “Eis a Escrava.”
*** “Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos..., Esperança Nossa, Rainha dos Apóstolos.”

São Josemaria Escrivá, “Caminho”, pontos entre nº 492 e 516, Ed. Quadrante, pg. 161 à 164

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