terça-feira, 9 de agosto de 2011
Vocação matrimonial (familiar)
Muitos compositores tentaram falar do Sacramento do Matrimônio em suas obras, mas talvez uma das que mais tem a capacidade de tocar os corações seja a canção “Utopia”, do Pe. Zezinho. Ele fala do amor que seus pais tinham a ele e a seus irmãos em sua infância. A família era humilde, mas o amor entre eles era grande. No final da música ele denuncia a banalização do amor em nossos tempos.
Como é belo um amor verdadeiro! Santa Ana e São Joaquim, Santa Cecília e São Valeriano, os Beatos Zélia e Luís Martin são exemplos de um amor verdadeiro, que buscava sempre os caminhos de Deus. Destas histórias magníficas brotaram frutos lindos: a Virgem Maria de Ana e Joaquim e Santa Teresinha de Lisieux de Zélia e Luís. Cecília e Valeriano não tiveram filhos, mas nem por isso deixaram de serem personagens ilustres do amor conjugal: se amavam tanto que Valeriano aceitou respeitar a virgindade que Cecília consagrara a Deus e ainda deixou o paganismo para se tornar cristão. O amor verdadeiro move montanhas, como diriam os mais antigos.
Quão gratificante é participar de uma missa de bodas de ouro (50 anos de enlace matrimonial)! Tais missas estão se tornando cada vez mais escassas, pois não se ama como antigamente. Infelizmente muitos já casam dizendo: “Ah, se não der certo separa”, Isso é absurdo. Concordo com a “Utopia”; o amor virou consórcio. Quando não casam pensando em separar, casam mais preocupados com o coquetel após a cerimônia do que com a educação que darão aos filhos. Ops, eu disse filhos? Como eu ainda sou atrasado! Esqueci que filhos já não existem no vocabulário da maioria dos casais.
Filhos dão amolação! Se tiver é um só, e será criado pela babá, pois a mãe tem que trabalhar para pagar uma escola particular e comprar as roupas mais sofisticadas para a criança. Como é triste este mundo materialista! Mais uma vez Pe. Zezinho acertou na letra da música: “Há tantos filhos que bem mais do que um palácio gostariam de um abraço e do carinho de seus pais”. Hoje não é incomum ver uma criança com sintomas de depressão.
E a sexualidade entre os cônjuges? Só não vou falar nada aqui agora pois farei em breve um artigo tratando apenas deste tema, de não banalizado que está. Divórcio, infidelidade, violência, autoritarismo... São tantos os males que invadiram a família que às vezes dá até desgosto de falar deste assunto. Mas isso é normal, afinal, a família é a célula mãe da sociedade, e Satanás não quer destruir a Igreja? Dará menos trabalho a ele destruir primeiro a Igreja Doméstica.
Que a Sagrada Família de Nazaré nos ampare nesses tempos sombrios.
João Carlos Resende
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