sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Católico “tradicional”?
Numa conversa fui questionado sobre o porquê me considero um “católico
tradicional”. A resposta foi: Ser católico tradicional é ser obediente a Igreja, ser fiel a doutrina e aos ensinamentos do Magistério, na pessoa do Santo Padre o Papa, ser obediente ao Evangelho e a Sagrada Tradição, ou seja, viver a fé e a vida na Igreja do mesmo modo que Nosso Senhor quis.
Foi essa a minha resposta imediata, e pensando um pouco melhor cheguei à conclusão de que tudo que eu disse não é ser “católico tradicional”, é simplesmente ser católico. Mas então, por que e necessário se dizer “tradicional”?
É espantoso ver o grande numero de pessoas ditas católicas que permanecem alienadas ao que a Igreja ensina, a maioria por ter tido uma má formação catequética, mas que não pode ser usado como desculpa pois o bom senso mostra que certas coisas são profanações claras, que qualquer um consegue perceber.
Invencionices que geram uma gama de variados eventos que tiram o sentido real de uma Santa Missa, como colocar elementos inculturados nela e acrescentar títulos como sertaneja, do boiadeiro, carismática, de cura e libertação, do tropeiro, dentre outras aberrações. Quando indagados, muitos que participam desses eventos dizem que isso tudo é bonito, é cultural, é válido, pois atrai o povo da nossa realidade, que a Missa é algo “mecanizado” e coisas afins.
As diferenças culturais não são desculpa para manipulação da liturgia, como podemos ver neste vídeo, a Igreja tem por característica a unidade, para se haver unidade deve se haver ponto de união, na questão litúrgica como em todos os outros o ponto em comum é a obediência ao Magistério.
Precisa-se ter fé para entender o que é uma Santa Missa, a renovação do sacrifício de Cristo, por isso ela nunca é algo mecanizado, pois é a doce rotina de vermos a infinitude do Amor de Deus que se rebaixa e vem até nós.
No fundo essa desobediência a Igreja é orgulho, vontade de querer impor sua opinião, é sinal de falta de fé e má vontade.
Pedimos a Deus que as coisas mudem, para que quando nos perguntarem que religião professamos e respondermos que somos católicos, que não precisemos nos designar como “tradicionais”, mas que vejam a imagem de Cristo em nós, que todos que estamos na Santa Igreja sejamos exemplo para o mundo, sabendo que somos fracos e mesmo assim instrumentos da Providência Divina.
Ainda mais nós que tivemos a oportunidade de aprofundar nos seus santos ensinamentos possamos ser luz para os outros, como diz o Papa Bento XVI “a primeira caridade deve ser a intelectual, tirar os outros do estado de não saber”, e mais ainda com nossas atitudes no nosso apostolado na Igreja e na nossa vida cotidiana, a quem muito foi dado, muito será cobrado, ou como dizia a Beata Madre Teresa de Calcutá “Tome cuidado com suas atitudes, talvez você seja o único Evangelho que seu irmão possa ler."
Toda uma gama de ideologias ateias inculcou nas pessoas que ser tradicional é algo ruim, as pessoas já partem do principio que “tradicional é antiquado e moderno é a solução pra tudo”, mas com a graça de Deus essa situação se reverterá, a Providência tem os caminhos que no início não entendemos mas que nos levam a Ele, pois a Palavra Dele é eterna.
“...permanecei, pois, constantes, irmãos, e conservai as tradições que aprendestes, ou por nossas palavras, ou por nossa carta”
(II Tes. 2,14)
"...O que de mim ouvistes por muitas testemunhas, ensina-o a homens fiéis que se tornem idôneos para ensinar aos outros"
(II Tim 2,2).
Jean Carlo da Silva
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