Você pode estar
pensando: “mas como assim ele sabe o que uma mulher estaria pensando a respeito
desse rapaz, se seria um bom pai?”, é simples, é a Lei Natural, por mais que as
revoluções modernas tentem destruir os bons valores, lá no fundo da alma sempre
buscamos o sentido final de cada coisa, há algo cravado em nós que nos mostra a direção em cada situação, e o sentido do namoro é o conhecimento
da outra pessoa para verem se poderiam se casar um dia e a preparação para o
mesmo, e um dos sentidos do casamento é a criação dos filhos, no fundo toda
mulher que tem vocação ao matrimônio busca um bom esposo e pai para seus
filhos, assim como um homem busca uma boa esposa e mãe para seus filhos.
Este é um problema
recorrente que vemos em muitos relacionamentos, e também entre aqueles que
estão no “tempo de espera”, pessoas confundirem o carinho - que é necessário –
com outras atitudes sentimentalóides e imaturas, isto ocorre com ambos os
sexos, mas nessa postagem vamos focar mais em como este problema afeta os
homens, mostrar que quando o homem não sabe dosar suas atitudes que a principio
seriam de carinho, as direcionando de forma errada acabam o tornando um
verdadeiro bobão, o frustrando e também sua companheira.
E o que isso tem a
ver com a tal frase melosa do início do texto, que faria a moça desacreditar do
rapaz? Para expor melhor minha ideia vou partir de um principio apresentado
pelo Pe. Paulo Ricardo de Azevedo na vídeo-aula “Masculinidade: O que está havendo com os homens de Deus?”, dentre outras coisas ele diz que existem 3
características básicas que o homem deve ter para exercer bem a paternidade, e consequentemente a masculinidade,
ele deve ser provedor, mestre e protetor.
Se formos sinceros,
refletirmos bem – e desde já aconselho muito a assistirem a este vídeo dito
acima – se analisarmos a realidade sem preconceitos, e principalmente
observarmos os casais que vivem bem, sabemos que isso é uma verdade, todo homem
deve batalhar para ser o principal provedor da família, ele deve também ser
aquele que tem o primeiro encargo da disciplina e do ensino, ele é o mestre,
mas não mestre ditador, é mestre porque serve toda a sua família, ele conduz, e
deve assumir também o seu papel de protetor da família, ele dá a vida pela
proteção da família, sendo que estes dois últimos são os que já estão mais
latentes na época de namoro, e no fundo, toda mulher quer um homem assim, que a
conduza e proteja.
Analisando estes pontos vemos a
diferença entre a verdadeira demonstração de amor e carinho e essas outras
atitudes sentimentalóides que não levam a nada, o carinho sempre cura, às vezes
o carinho é até uma correção fraterna, o carinho é proteger, é aconselhar, é
ouvir, é dizer sim belas palavras, mas que não sejam fúteis, ao contrário,
palavras sentimentalistas funcionam somente como anestesia, um encanto, e isso
não cura, isto é sinal de falta de amor, pois onde há amor há cura.
São Paulo diz na
carta aos Efésios: “Maridos, amai as
vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (cf. Ef 5,
25), Cristo amou a Igreja dando a sua vida por ela, assim também a maior
demonstração de amor de um homem acontece quando ele se entrega, toma atitudes
que demonstrem que faria o máximo pra proteger aquela que Deus colocou ao seu lado, e sejamos
sinceros, sentimentalismos não tem nada a ver com entrega, com sacrifício, por isso disse no início que se uma mulher visse um homem com palavreado assim poderia até achar “bonitinho” mas pensaria muitas vezes em querer este homem como seu marido, pais dos seus filhos, pois a vida matrimonial irá requerer muitos sacrifícios, poemas floridos podem até ter seu encanto, mas isto não sustenta o dia-a-dia de casados, no fundo elas querem alguém que as proteja, que cuide delas, e não um poeta meloso.
sinceros, sentimentalismos não tem nada a ver com entrega, com sacrifício, por isso disse no início que se uma mulher visse um homem com palavreado assim poderia até achar “bonitinho” mas pensaria muitas vezes em querer este homem como seu marido, pais dos seus filhos, pois a vida matrimonial irá requerer muitos sacrifícios, poemas floridos podem até ter seu encanto, mas isto não sustenta o dia-a-dia de casados, no fundo elas querem alguém que as proteja, que cuide delas, e não um poeta meloso.
Vemos
também outros dois problemas, na maioria absoluta dos casos quem é adepto dessa
linguagem sentimentalista a usa para mascarar a sua indolência, ele não quer
fazer sacrifícios, quer viver uma vida “light”, isso liga-se ao fato de outras
tantas mulheres gostarem de homens assim, e isso se dá por dois motivos, o
primeiro é porque ela também quer uma vida “light” e não procura um bom homem
porque sabe que este sabendo da responsabilidade que tem tentará ser um
instrumento da conversão pessoal dela, mas ela não quer mudar de vida, o outro
motivo, do porque certas mulheres gostam desses bobões sentimentais, é que elas
podem mandar neles, todos conhecemos esse tipo de mulher mandona, elas não
gostam de homens sérios porque o orgulho delas as aferroa todas as vezes que
tem que obedecê-los em alguma situação necessária, mas como os bobões não tem
pulso, elas podem mandar a vontade, um relacionamento assim é uma bomba que
está sempre a explodir pois os dois estão vivendo características que são
contrárias a essência do seu gênero, o homem que deveria ser forte está sendo
um bobo, a mulher que deveria agir com ternura está sendo uma ditadora.
É a força
masculina que não deixa que a ternura feminina se torne fraqueza e é a ternura
da mulher que não deixa que a força masculina se torne ignorância, se as
pessoas – sejam em que estado de vida estiverem, solteiros, namorando ou
casados – não se converterem, não buscarem aquilo que é próprio da natureza deles
terão uma grande chance de se tornarem frustrados, as coisas só dão certo
quando buscamos o sentido delas.
Um adendo antes do
término, este tipo de palavreado pode causar outros males enormes, elogios
exagerados a uma mulher são um veneno para sua alma.
Todos temos fraquezas
provenientes do pecado original, e essas fraquezas atacam nossos sentidos de
formas mais ou menos acentuadas de acordo com o gênero, do mesmo modo que os
homens têm uma tendência maior a cair na tentação de olhar para o corpo feminino
de forma impudica, as mulheres tem uma tendência maior a caírem no que elas
ouvem, então, quanto mais elogios maior a chance de se envaidecerem-se ou
caírem em "conversas fiadas".
Por isso, elogiar
exageradamente uma mulher causa-lhe um mau na mesma proporção que causa a um
homem ser exposto a visão de uma mulher vestida indecentemente, as duas
situações são intoxicações espirituais, pois os provocam em pontos que são
frágeis. Ver a beleza é um bem, ouvir um elogio é um bem, mas por causa das
nossas tendências todo exagero nos cega. Quem verdadeiramente se preocupa com o
outro não o coloca em situações que provoquem suas fraquezas, e ao contrário,
busca ajuda em Deus para auxiliar o outro a vencê-las.
Cuidado com o que diz
e com o modo como lida com o que você ouve.
"Ria-se dos
elogios que as pessoas lhe façam, e repasse-os todos a Deus!" São Pe. Pio
Para terminar, uma
comparação é sempre boa para esclarecer nossos pensamentos, então deixo uma
reflexão, para as mulheres pensarem em qual das duas situações queriam viver, e
para os homens, em qual das duas sua consciência mostra que é a correta. A
primeira, o rapaz dá mil presentes, centenas de declarações melosas, dezenas de
promessas megalomaníacas, mas, num momento de dificuldade da moça ele se
esquiva de ajudá-la, se esconde do problema, a segunda, um rapaz nem diz tantas
coisas, presenteia sim, mas com equilíbrio, promete o que pode cumprir pra
aquele momento da vida, e acima de tudo, a moça pode contar com ele pra todos
os momentos porque ele demonstra isso com suas atitudes de provedor, mestre e
protetor. Pense bem, será que tipo de homem as mulheres gostariam de encontrar?
E, que tipo de homem os rapazes deveriam estar predispostos a ser? A resposta
já está aí na sua consciência, você já descobriu a diferença entre o que é ser
carinhoso ou um bobão no relacionamento.
Pedimos a intercessão
da Sagrada Família e do Glorioso São Rafael Arcanjo que conduzam todos aqueles
que querem ter um namoro santo, e os que já vivem o compromisso do namoro ou do
sacramento do Matrimônio.
Tiago Martins
Para saber mais, acesse os links abaixo:
Masculinidade: O que está acontecendo com os homens? por
Pe. Paulo Ricardo
Masculinidade: O que está acontecendo com os homens de Deus? por Pe. Paulo Ricardo
Olá, Tiago!
ResponderExcluirAchei muito interessantes as observações que você teceu nesta postagem. Em outros tempos, quando eu ainda me deixava levar por essa onda de romantismo hollywoodiano, realmente achava que as demonstrações de carinho e de afeto precisavam ser melosas e aborrecedoras como o que vemos hoje. Ora, vejo isso como um sinal de grave carência afetiva, além de insegurança também.
Fico pasma quando vejo a quantidade de homens (homens até bons, decentes) que se submetem a todo tipo de chantagem de uma mulher ciumenta, materialista, que só se interesse em estar a todo tempo sendo satisfeita, e que o homem que se vire para atender à rainhazinha. Olha, sinceramente, tenho muita pena de um homem que aceita viver dessa forma.
Irrito-me muito quando vejo as mulheres fazendo essa propaganda de homem capacho. Dizendo que ele sempre tem que estar agradando a esposa, dando tudo o que ela quer, perdendo de vista que o que conta são as coisas que realmente constroem uma relação duradoura, que é o respeito, a fidelidade, o carinho e a fé. Depois reclamam que só há cafajestes no mundo!
Hoje, as pessoas estão incapazes de viver um amor ágape ainda no namoro, por isso dizem que só "amam verdadeiramente" quando têm filhos. É uma pena, pois a construção de uma família realmente cristã começa pela construção do amor dos namorados, que serão esposos e, no futuro, pais. O que vemos hoje é uma geração de crianças mimadas, super protegidas (principalmente pelas mães), que impedem seus maridos de exercerem efetivamente sua paternidade.
Olha, desculpa os termos, mas às vezes dá nojo (é, não me veio outra palavra). É como se hoje vivêssemos uma ditadura das amazonas novamente, em que os homens só servissem para deitar com as mulheres, darem a elas satisfação sexual e serem usados como os reprodutores da aldeia. Hoje a sociedade só vê dois extremos: o homem machista e cruel, que usa a mulher como objeto, e a mulher que oprime os homens, degradando a sua masculinidade e transformando eles em arremedos de homem.