por Pe.
Thomas Morrow
Extraído do
livro “Namoro Cristão em um mundosupersexualizado”
Transcrição:
Blog Mater Dei
Uma proposta de
castidade não pode dar resultado sem a virtude do pudor no vestir, tanto em homens
como em mulheres.
Também o homem deve ser modesto, embora não pensemos frequentemente nisso:
sungas minúsculas, calças excessivamente justas, camisetas sem manga e abertas
até a cintura não são próprias a um verdadeiro cristão. No entanto, como escreveu
Santa Teresa De Jesus na sua autobiografia, “as mulheres têm obrigação de ser
mais modestas que os homens”. Portanto, centrar-nos-emos especialmente no tema
do pudor das mulheres.
Permitam-me que lhe conte uma
história. Uma tarde, uma jovem da nossa associação católica de mulheres
solteiras pensava no vestido que escolheria para assistir a um casamento.
Telefonou ao pai a pedir-lhe a opinião. Ele disse-lhe: – “Bem, você tem pernas
bonitas, porque não usa algo curto?” [1]
Então ela usou “algo curto”... e
quase provocou um terremoto. Não foi o seu momento mais feliz.
Depois daquilo, começamos a falar
sobre pudor e ela passou a vestir-se de forma mais recatada. Mais tarde,
disse-me que tinha ido a uma festa e que o seu vestido discreto tinha chamado a
atenção do que as que vestiam roupas chamativas! [2]
Como as mulheres olham mais para a
pessoa no seu conjunto, costumam ser menos conscientes de como os homens a
olham. João Paulo II ponderava em Amor e Responsabilidade: “Como a
sensualidade é geralmente mais forte e mais acentuada nos homens, e os faz
considerar o corpo como objeto de prazer; parece que seria
de esperar que o pudor, enquanto tendência a diminuir a atração sexual do
corpo, fosse mais pronunciado nas moças e nas mulheres”.
As mulheres costumam ser conscientes
de que os homens se sentem fisicamente atraídos por elas, mas não costumam ter
a mais remota ideia da intensidade dessa atração. Quando uma mulher vê um homem
de boa aparência, pensa: “É bonito”. Quando um homem vê uma mulher de boa
aparência, a sua reação é muito mais intensa.
Muitos homens
jovens que acreditam na castidade, e se esforçam por vivê-la, nunca reparam na
importância da modéstia nas mulheres. Alguns estão completamente possuídos pelo
desejo de gozar do espetáculo de uma bela mulher de saia curta e apertada. Mas
quando começam a pensar nas causas primordiais da luxúria, não demoram a
reconhecer o efeito negativo que isso tem sobre eles. O Pe. David Knight, em Good
News About Sex, pensa que “seria uma propositada ingenuidade, nesta época
de sofisticação psicológica, ignorar que determinado estímulo visual é objetiva
e geralmente provocante para o apetite sexual de um jovem normal. Poderíamos
fechar os olhos a essa realidade, mas os comerciantes não o fazem. E as fortunas
que obtêm pondo em prática as suas ideias demonstram que sabem o que fazem...
Quer as jovens e as mulheres da nossa cultura ignorem ou não o que se passa,
quem perde são elas... Na medida em que um determinado estilo de vestir é
considerado deliberadamente provocante – por parte do estilista, da cliente, ou
de ambos -, esse modo de vestir deve ser considerado como uma violação ao
contrário, pois estimula um desejo sexual em quem talvez não queira excitar-se.
Cada vez que isso acontece aos homens (que são mais inclinados que as mulheres
a esse tipo de excitação), sempre se provoca um certo mal-estar, reconheçam-no
ou não...”
Por outro lado, como recomenda o Catecismo:
“o
pudor preserva a intimidade da pessoa. Designa a recusa de mostrar o que deve
ficar oculto. Ordena-se para a castidade, cuja delicadeza proclama. Orienta os
olhares e os gestos em conformidade com a dignidade das pessoas e os
sentimentos que as unem.
O
pudor protege o mistério da pessoa e do seu amor […] Exige que se cumpram as
condições do dom do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O
pudor é modéstia; inspira a escolha do vestuário...” [3]
O que é
impudico hoje em dia?
Quais os elementos mais difundidos
da moda atual que provocam mais reações nos homens? O mais comum é a saia
curta. Presenciei muitas vezes o desconcerto de homens piedosos quando
reparavam na pouquíssima roupa que vestem algumas mulheres ao irem à Igreja
assistir à Missa num dia de semana ou para fazer um tempo de oração. Achavam
absolutamente contraditórios o vestuário dessas mulheres e suas práticas de
piedade. Eu estava de acordo com eles. Sempre me espanta o número de mulheres
piedosas que não relacionam o religioso com a roupa. Os vestidos ou as saias
acima do joelho afetam sexualmente os homens, pelo menos levemente, mas talvez
ainda mais psicologicamente. Quer dizer, afetam a sua opinião sobre a
totalidade dessas mulheres. Às vezes, as mulheres surpreendem-se ao saberem
como os homens reagem diante de umbigos expostos, seios seminus, vestidos apertados,
“penteados sexy” ou peças de banho indecentes.
Numa palestra que dei sobre o pudor,
uma moça (depois descobri que era californiana) replicou:
-
“O
senhor quer dizer que não devemos vestir determinados biquínis na praia?”
-
“Sim,
é isso que quero dizer”.
-
“Não
é um exagero, não?”
-
“Grande.
Tão grande como o próprio Evangelho”.
Vários meses depois, soube que essa
moça passou a ir a praia de maiô. Tinha começado a converter-se” Quatro anos
depois, entrou numa ordem carmelita contemplativa. Isso, agora no melhor
sentido, é que foi, sim, um exagero...! (Nota do blog: Para saber mais
sobre a tão discutida questão sobre roupas de banho acesse este link: “Sobre ouso de roupas de banho.”
Que mulher quer ser lembrada pelas
suas pernas? Ou pelo seu umbigo? Não preferiria ser lembrada pela sua
afabilidade, personalidade, decência, bondade ou piedade? Se uma mulher
ressalta exageradamente os seus encantos físicos, certamente apagará outros,
mais pessoais, mais importantes e mais duradouros.
Pe. Thomas Morrow – “Namoro Santo em um mundo supersexualizado”
[1] Nota do blog: Isto é um verdadeiro exemplo
de pai desnaturado, chegou a dar pena da moça, que pai normal mandaria a sua
filha usar um vestido que deixasse as pernas à mostra? Grande parte da falta de
pudor recorrente neste nosso mundo tem sua causa na negligência em que os pais
criam seus filhos, pais e mães que estão mais preocupados consigo mesmos do que
com o bem da família em geral. Todos nós prestaremos contas a Deus, mas os pais
prestarão contas por suas almas e pelo modo que conduziram a de seus filhos.
[2] Para
saber mais sobre assunto acesse este link: “Em uma festa de casamento.”
[3] Catecismo
da Igreja Católica, ns. 2521 e 2522
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quem vive um autêntico namoro cristão
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